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Lula nega conhecimento de propina ao PT

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que tivesse conhecimento do esquema de pagamento de propina ao PT em contratos da Petrobras. "Se tivesse [conhecimento], eles seriam presos bem

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 10.05.2017, 21:55:12 Editado em 10.05.2017, 21:55:13
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em depoimento ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou que tivesse conhecimento do esquema de pagamento de propina ao PT em contratos da Petrobras. "Se tivesse [conhecimento], eles seriam presos bem antes", disse Lula.

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"O senhor Léo Pinheiro [da OAS] declarou aqui em juízo que a OAS pagava propina a agentes da Petrobras e a agentes do Partido dos Trabalhadores em contratos da Petrobras. O senhor ex-presidente tinha conhecimento disso?", questiona Moro.

"Isso é eles que estão dizendo", responde Lula. Diante da insistência de Moro, ele responde que não sabia.

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Lula negou também que soubesse de uma conta de propina acertada entre Pinheiro e João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT.

"O sr. Léo Pinheiro ainda declarou que a diferença do preço entre o apartamento simples para o apartamento tríplex e que o preço das reformas do apartamento tríplex, tudo isso em torno de R$ 2,424 milhões, teriam sido abatido da propina devida dessa conta geral de propinas. O sr. ex-presidente tinha conhecimento disso?", pergunta o juiz.

"Não", responde Lula.

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"O sr. João Vaccari Neto consultou o sr. ex-presidente a respeito disso?", continua Moro. "Nunca."

INFLUÊNCIA NO PT

Lula tentou minimizar a sua influência sobre o PT e disse que não participou de reuniões do partido a partir de sua eleição à Presidência, em 2002.

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Ao falar das irregularidades na Petrobras, disse que, se tivesse conhecimento, nenhuma das empreiteiras envolvidas prestaria serviço à estatal.

"Quem monta cartel para roubar não conta para ninguém. O presidente da República não participa do processo de licitação da Petrobras, não participa de tomada de Petrobras. É um problema interno da Petrobras."

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Ele se comparou a posição de um ex-presidente a um "vaso chinês". "Um ex-presidente vale tanto quanto um vaso chinês. É bonito, que você ganha quando é presidente. Quando você deixa a Presidência, você não tem onde colocar ele. Você não sabe como colocar ele, você não sabe como cuidar de um ex-presidente. Você não sabe como cuidar de um vaso chinês."

Lula, porém, falou que foi o presidente que "mais visitou" a Petrobras, o que chamou a atenção de Moro na audiência. A seguir, disse que não participava de licitações ou tomadas de preços da companhia.

Questionou o juiz sobre o valor de devolução de dinheiro no acordo de delação do ex-gerente da estatal Petrobras: "R$ 204 milhões. Roubou muito, hein?"

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Sobre as indicações políticas, disse: "Agora o Ministério Público poderia fazer um PIC [procedimento investigatório criminal] para saber como o Temer montou o governo dele."

INSTITUTO LULA

O ex-presidente Lula disse que o Instituto Lula não pagou pela armazenagem de bens que ele trouxe do Palácio do Alvorada, bancada pela OAS, porque "nunca [se] discutiu no Instituto de que era preciso pagar isso".

Ele disse acreditar que o ex-executivo da OAS, Léo Pinheiro, foi procurado por Paulo Okamoto porque o instituto "não tinha dinheiro" no começo de 2010. "Nós não tínhamos dinheiro, porque não tínhamos nem começado a pensar em fazer a arrecadação."

O ex-presidente foi indagado pelo Ministério Público Federal por que, mesmo tendo recebido mais de R$ 7,5 milhões em lucros por palestras, Lula não resolveu pagar pela armazenagem, que seria de R$ 20 mil mensais. Lula disse que "talvez todo mundo [no Instituto] achasse que tivesse certo e que não era preciso [pagar]".

Lula disse que não é tesoureiro nem diretor do Instituto Lula, que ele chamou pelo nome antigo, "Instituto Cidadania", e sugeriu que seu amigo Paulo Okamoto poderia esclarecer pontos em dúvida.

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