BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Os sete ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiram nesta terça (4) conceder mais tempo às defesas na ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer. Foi determinado ainda que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, André Santana, João Santana e Mônica Moura serão ouvidos como testemunhas no processo.
O relator Herman Benjamin, inicialmente contrário ao adiamento do julgamento, recuou e pediu um tempo maior para as defesas. Seu voto foi seguido de forma unânime. Com isso, as defesas terão um prazo de cinco dias para apresentar as alegações finais.
De acordo com o presidente do TSE, Gilmar Mendes, esse período só passa a contar após a oitiva das novas testemunhas pelo tribunal. Assim, o julgamento só deverá ser retomado em maio.
GILMAR
Gilmar Mendes, presidente do TSE, afirmou que Herman Benjamin quer "dourar a pílula" ao questionar o prazo de cinco dias.
A defesa de Dilma Rousseff sustenta que Benjamin teria atropelado os prazos do processo. Ele deu dois dias para os advogados apresentarem suas últimas alegações na ação.
O pacote que foi a julgamento incluía uma AIJE, duas AIMEs (ações de impugnação de mandato eletivo) e uma representação. Ao julgar algumas dessas ações, a corte costuma dar cinco dias para as alegações finais.
"Simplesmente segui a decisão e a orientação da minha antecessora", respondeu o relator a Mendes.
PASSOS
Herman Benjamin, explicou os passos do processo, que já tramita no TSE há 2 anos e 6 meses. O relator ainda ressaltou que cabe a ele zelar pela celeridade do processo.
"A eleição de 2014 será conhecida como a mais longa da história brasileira. Fechamos as urnas e contamos os votos. Mas o resultado está sendo discutido pela via da judicialização", afirmou.
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