MARCELO TOLEDO
RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Internado em Porto Alegre desde o último domingo (26) para passar por uma cirurgia de retirada de próstata, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, 71, não tem previsão de alta hospitalar.
Segundo boletim médico divulgado pelo hospital Moinhos de Vento na noite desta quinta-feira (2), Padilha encontra-se com boa evolução do quadro de saúde, "recuperando-se adequadamente do procedimento urológico cirúrgico".
A cirurgia, sem intercorrências, foi realizada na tarde da última segunda-feira (27).
Ainda conforme o boletim, assinado pelo urologista Claudio Telöken e o clínico intensivista Nilton Brandão, não há previsão de alta. Padilha ficou por dois dias no setor de recuperação pós-cirúrgico e, desde quarta-feira (1º), está num quarto do hospital.
De licença médica desde a semana passada, Padilha tem retorno programado para o governo na próxima segunda-feira (6), mas auxiliares do presidente Michel Temer avaliam que ele deve prolongar a licença médica.
Com essa perspectiva, o presidente Michel Temer discute nomes que possam assumir interinamente a Casa Civil.
No último dia 20, o ministro passou mal e precisou ser internado em Brasília, no Hospital das Forças Armadas, para tratar de uma obstrução urinária, quando se diagnosticou hiperplasia prostática -aumento da próstata-, o que motivou a realização da cirurgia.
Padilha pediu licença do cargo no governo na quinta (23) para passar pelo procedimento cirúrgico, mesmo dia em que seu nome foi implicado na Lava Jato pelo advogado José Yunes, amigo e ex-assessor de Temer, sobre a entrega de um pacote por um operador ligado ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O ministro da Casa Civil ainda não se manifestou sobre as afirmações de Yunes.
AGENDA
Na terça (7), Padilha participaria, ao lado do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), da reunião do chamado "Conselhão", para discutir, com empresários e representantes da sociedade civil, novas medidas econômicas para tirar o país da crise.
No Palácio do Planalto, porém, o discurso é o de que Padilha não conseguiria enfrentar a agenda, sentado, após ter passado pela cirurgia.
Na semana passada, auxiliares de Temer foram informados de que a cirurgia de Padilha seria uma "raspagem" da próstata que, em seguida, afirmam os assessores, evoluiu para a retirada completa do órgão.
A previsão era a de que o ministro recebesse alta do hospital Moinhos de Ventos, na capital gaúcha, nesta quarta-feira (1º). A alta foi prorrogada, segundo assessores, por "precaução".
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