SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O empresário Eike Batista divide a cela da cadeia pública Bandeira Stampa, em Bangu 9, zona oeste do Rio, com o doleiro Álvaro José Galliez Novis e Wagner Jordão Garcia, também presos na Operação Eficiência, braço da Lava Jato no Rio.
A cela, de 15m², tem televisão e ventilador. Fotos exibidas nesta terça (31) pelo "Jornal Nacional" mostram uma garrafa d'água mineral, um livro, roupas e sacos plásticos sobre a parte de cima de uma beliche, onde o empresário passou a primeira noite.
Há ainda pacotes de biscoito sobre uma bancada e uma série de garrafas d'água no cárcere. Outra imagem mostra uma marmita oferecida no presídio, com arroz, farofa e salsicha. O banheiro é separado por duas paredes, sem porta, e tem apenas um vaso sanitário no nível do chão. O presídio passa por racionamento de água.
Eike foi transferido para Bangu no começo da tarde de segunda (30), horas depois de ser preso, durante a operação Eficiência, deflagrada pela Polícia Federal no dia 26.
Ele estava na cadeia de Ary Franco, zona norte do Rio, que funciona como unidade de triagem. Havia a preocupação de que Eike ficasse na unidade, construído no fim dos anos 1970, conhecida pelas péssimas condições sanitárias e superlotação -presos convivem com ratos, morcegos e baratas. Muitas das celas estão no subsolo.
Quando a operação estourou, o empresário estava fora do país e foi considerado foragido pela Justiça, procurado pela Interpol (Polícia Internacional). Seus advogados negaram, na ocasião, que ele tivesse fugido.
Ele teve a prisão decretada depois que dois doleiros fizeram acordos de delação premiada e contaram que ele pagou US$ 16,5 milhões em propina ao ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso.
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