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Sem garantia de apoio, PDT lança Figueiredo à presidência da Câmara

DANIEL CARVALHO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O PDT decidiu nesta terça-feira (17), por consenso, lançar oficialmente a candidatura do deputado André Figueiredo (CE) à presidência da Câmara, mesmo sem garantia de apoio de partidos da oposição, como o PT. "

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.01.2017, 15:21:27 Editado em 17.01.2017, 15:25:09
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DANIEL CARVALHO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O PDT decidiu nesta terça-feira (17), por consenso, lançar oficialmente a candidatura do deputado André Figueiredo (CE) à presidência da Câmara, mesmo sem garantia de apoio de partidos da oposição, como o PT.

"Nossa candidatura é irreversível", afirmou Figueiredo em pronunciamento após a reunião em que foi definido o lançamento. "Temos expectativa de que o PT, o PC do B, a Rede e o PSOL possam estar conosco", disse o candidato.

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Se conseguir apoio de todos os parlamentares desses partidos, que ainda discutem quem irão apoiar, além dos do PDT, Figueiredo chega a 100 votos. O candidato diz contar ainda com votos pontuais de deputados de legendas como o PSB.

Para Figueiredo, o eventual apoio desses partidos às candidaturas de Rodrigo Maia (DEM-RJ), Jovair Arantes (PTB-GO) e Rogério Rosso (PSD-DF) seria "contraditório".

"Não deixa de ser contraditório termos a expectativa de que esses partidos, que têm uma trajetória política de respeito, venham apoiar eventuais candidatos que atentaram contra a democracia num passado recente", disse Figueiredo.

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O DEM foi um dos principais fiadores do impeachment de Dilma Rousseff, no ano passado. Além disso, Rosso presidiu a comissão do processo de impedimento da petista na Câmara e Jovair deu parecer favorável ao afastamento de Dilma. Única candidatura de oposição ao governo Michel Temer, Figueiredo disse que, se eleito, manterá uma relação "respeitosa" com o Executivo e que temas polêmicos como a reforma da Previdência seriam discutidos "sem afogadilho".

"Queremos uma gestão que olhe mais para o povo e menos para seus interesses internos", disse o presidente da legenda, Carlos Lupi.

O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), que já havia participado do lançamento da candidatura de Jovair Arantes (PTB-GO) na semana passada, também participou da reunião desta terça-feira.

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"Temos extrema simpatia pela candidatura do André", afirmou Zaratini.

Antes da entrevista, funcionários do partido afixaram em suas roupas adesivos onde se lia "Câmara com Brasil - Para construir a nação que sonhamos".

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Também foram distribuídos panfletos com o mesmo slogan e com 12 propostas como realizar sessões diurnas, implementar agendas mensais de votação e alterar as regras de Medidas Provisórias e de arquivamento de propostas.

APOIO

Partidos de oposição aguardavam a definição do PDT para levar adiante suas discussões internas. A bancada do PT reúne-se na tarde desta terça (17) em Brasília e a do PC do B, em São Paulo.

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Alguns integrantes do PT defendem a candidatura de Figueiredo para que tenham um discurso palatável em suas bases sociais, que veem Rodrigo Maia, Jovair Arantes e Rogério Rosso como candidatos ligados ao impeachment de Dilma Rousseff.

Se antes o PT tendia a apoiar majoritariamente a candidatura de Maia, agora já dizem prestar atenção também na de Jovair, que começou a ganhar musculatura com o apoio de deputados do baixo clero, estratégia que deu certo quando adotada por Severino Cavalcanti (PP-PE) em 2005 e por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em 2015.

Tanto Maia quanto Jovair têm prometido lugar para o PT na Mesa Diretora. Ambos prometem respeitar os critérios de proporcionalidade.

Aliados de Maia dizem que ao PT caberia a segunda secretaria, que trata de estágios, prêmios conferidos pela Câmara e da emissão de passaportes diplomáticos para deputados.

Alguns membros do partido querem que Maia entregue a eles a primeira secretaria, uma espécie de prefeitura da Casa. A posição, no entanto, está sendo negociada com o PR, segundo a reportagem apurou.

Para parlamentares próximos a Maia, este aceno à candidatura de Jovair é uma tentativa de pressionar o atual presidente da Câmara a dar ao PT a primeira secretaria.

Partidos governistas discutem a formação de blocos para tomar o lugar do PT na escolha de lugares na Mesa. Sozinho, o PT tem a segunda maior bancada, com 57 deputados.

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