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Lava Jato indicia ex-gerente que recebeu propina em caixas de uísque

ESTELITA HASS CARAZZAI CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - No apagar das luzes de 2016, o ex-gerente da Petrobras Glauco Colepicolo Legatti foi indiciado na Operação Lava Jato sob suspeita de corrupção. Legatti era um dos responsáveis pela obra da refinaria Abre

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.01.2017, 14:09:41 Editado em 04.01.2017, 14:10:09
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ESTELITA HASS CARAZZAI

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CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - No apagar das luzes de 2016, o ex-gerente da Petrobras Glauco Colepicolo Legatti foi indiciado na Operação Lava Jato sob suspeita de corrupção.

Legatti era um dos responsáveis pela obra da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Ele é suspeito de ter recebido propinas da Galvão Engenharia e da Odebrecht, a fim de atuar a favor das empresas e aprovar aditivos.

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Investigado na 20ª fase da Lava Jato, em novembro de 2015, Legatti negava irregularidades, mas acabou procurando a Polícia Federal no final do ano passado, com a intenção de fazer delação.

O acordo foi rejeitado pelos investigadores, mas ele confessou ter recebido cerca de R$ 120 mil de Shinko Nakandakari, operador da Galvão Engenharia, além de outros US$ 7 milhões em propina da Odebrecht, em contas na Suíça.

O indiciamento, do dia 26 de dezembro, é relativo ao dinheiro recebido de Nakandakari. Os valores da Odebrecht serão investigados num outro inquérito.

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UÍSQUE

Segundo o ex-gerente, o dinheiro lhe foi entregue dentro de caixas de uísque e vinho, recebidas como presente em restaurantes de hotéis, no Rio de Janeiro.

Legatti e Nakandakari eram amigos. O ex-gerente da Petrobras disse ter tentado recusar o pacote da primeira vez, mas recebeu em função da insistência do operador, que afirmou que era um "presente pessoal".

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Ele afirma não ter atuado em favor da Galvão, mas diz que Nakandakari provavelmente usava seu nome "para mostrar influência".

O operador, que é delator da Lava Jato, também admitiu o crime e afirmou que fez as entregas a pedido de Erton Fonseca, então diretor da Galvão, em função da "ingerência" de Legatti na obra da Abreu e Lima. Fonseca já foi condenado numa ação da Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro.

O ex-gerente apresentou comprovantes bancários da movimentação da propina e entregou dados sobre suas contas no exterior.

Tanto Legatti quando Nakandakari foram indiciados, assim como Erton Fonseca, sob suspeita de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos indiciados nesta quarta (4).

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