Prefeito faz balanço e projeta desafios para a gestão

Com um café da manhã oferecido pelas secretarias municipais de Gestão Pública e de Fazenda, os funcionários do prédio central da Prefeitura iniciaram o ano de 2017 com uma rápida confraternização. O momento foi dedicado para celebrar as conquistas da gestão, dividindo os resultados com toda a equipe, e também para motivar os servidores para os desafios do próximo mandato (2017/2020). 

Beto Preto aproveitou para fazer um balanço do mandato passado que, de acordo com ele, iniciou conturbado mas terminou com alto índice de performance. 

“Já temos duas prestações de contas aprovadas, relativas a 2013 e 2014, e estamos trabalhando firme nas de 2015 e no exercício que acabamos de finalizar que é o de 2016”, salienta. Beto Preto sublinhou que, nesta primeira conversa do ano com os servidores, manteria a linha adotada no discurso de posse, ocorrida no domingo no Cine Teatro Fênix. 

“Eu quero falar a verdade para vocês, olho no olho. Beira o insanável as dívidas que foram deixadas. Isso é muito grave, porque os empecilhos gerados pela irresponsabilidade administrativa ou já vieram ou podem estar ali na frente”, alerta. Ao apresentar números de dívidas herdadas e pagas, Beto Preto disse não se tratar de “cantilena mas de mostrar a realidade”. 

“São três mil ações trabalhistas e destas ações eu não reclamo porque elas são devidas. Tem servidor que tem licença prêmio seguidas para tirar que somam um ano”, exemplifica. Beto Preto também lembrou que o Município pagou nos últimos quatro anos R$ 50 milhões em dívidas e, mesmo assim, a dívida consolidada de Apucarana é de R$ 110 milhões. 

“Além disso, há cerca de 15 dias, andou o processo relativo aos bancos Santos e Itamaraty. Se houver uma ordem judicial para o parcelamento desta dívida, que hoje está na casa dos R$ 285 milhões, todas as contas da Prefeitura serão bloqueadas. Portanto, irresponsabilidade de alguns custa caro em gestões vindouras”, avalia. 

Diante deste contexto e com a crise econômica pela qual atravessa do País, Beto Preto ressalta a necessidade de uma gestão austera. 

“É um momento crucial para os prefeitos em todo o Brasil, que enfrentam muitos problemas. Nós já cortamos 120 cargos comissionados e vamos diminuir ainda mais. Eu, como médico, tenho a responsabilidade de pensar na vacina. Não adianta aumentar impostos, a não ser ajustes pontuais. Nós temos que fazer a nossa parte, apertando o cinto e economizando com austeridade”, frisa Beto Preto. 

O secretário municipal de Fazenda, Marcello Augusto Machado, valorizou o trabalho de todos os setores, especialmente daqueles que desempenham as atividades burocráticas e que, muitas vezes, não têm os nomes lembrados na entrega de equipamentos ou em inaugurações. 

“Foram quatro anos de muito trabalho, dedicação e resultados, período em que entregamos um pouco do que a população merece. Sempre procuro valorizar todos os servidores e não deixo de lembrar aqueles que desenvolvem as atividades burocráticas no prédio central. O aplauso e o agradecimento vão para todos”, pondera. 

O momento espiritual foi conduzido pelo pastor Othoniel Gonçalves, secretário municipal de Governo, que lembrou dos ensinamentos de Jesus Cristo. Solicitou que os servidores, apesar de viverem em uma sociedade desigual, saibam ver as necessidades do próximo. “Lancem sobre as pessoas um olhar de fé, esperança, firmeza e perseverança”, pediu.