MARCELO TOLEDO
RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - A prefeita de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo), Dárcy Vera (PSD), presa na última sexta-feira (2) após ser denunciada por corrupção passiva, peculato e associação criminosa, foi transferida para a penitenciária feminina de Tremembé.
A transferência ocorreu na noite desta terça-feira (6). No dia em que foi presa em sua casa, a prefeita já tinha deixado a cidade e foi encaminhada à superintendência da PF (Polícia Federal) na capital.
Dárcy foi presa na segunda fase da operação Sevandija, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que apontou a existência de um esquema de corrupção sistêmica na prefeitura.
A investigação apontou o pagamento ilegal de honorários à advogada Maria Zuely Alves Librandi, ex-defensora do Sindicato dos Servidores, a partir de documentos apresentados em delação premiada do ex-presidente do sindicato Wagner Rodrigues, que foi candidato à prefeitura pelo PC do B.
A origem da suspeita está num acordo judicial firmado na década passada que resultou no parcelamento de R$ 800 milhões a serem pagos a servidores devido a perdas decorrentes do Plano Collor. Já foram pagos mais de R$ 300 milhões, além de R$ 45 milhões em honorários –que, para a Promotoria, são indevidos.
Os honorários foram incluídos num aditivo do contrato, firmado em 2012 e que contou com fraudes em atas e assembleias do sindicato. Dárcy receberia, no total, R$ 7 milhões, segundo a Promotoria.
A defesa da prefeita recorreu nesta quarta-feira (7) ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), com um pedido de habeas corpus para Dárcy.
Sua advogada, Maria Cláudia Seixas, afirma que a prefeita é inocente e conseguirá provar isso.
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