BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Líder do governo no Congresso, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse nesta segunda-feira (5) que o afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello "não foi uma retaliação" do Judiciário.
Para ele, o peemedebista "permanece um aliado importante" para o governo do presidente Michel Temer.
"De forma nenhuma [o afastamento] é uma retaliação. O ministro Marco Aurélio é sério e decisão do Supremo se cumpre", afirmou Jucá após participar da reunião sobre a reforma da Previdência no Planalto.
"O senador Renan continua sendo um aliado importante no Senado e sempre terá um papel importante numa votação", completou Jucá.
A decisão do ministro do STF é em caráter liminar (provisório), acatando um pedido da Rede Sustentabilidade, feito nesta segunda, para que Renan fosse afastado do cargo visto que virou réu na semana passada por crime de peculato.
Segundo o líder do governo no Congresso, o calendário de votações da Casa está mantido mesmo com o afastamento de Renan, inclusive o segundo turno para a aprovação da PEC do Teto, marcado para o dia 13 de dezembro, e a promulgação da proposta, no dia 15 deste mês.
Questionado sobre a presidência do Senado passar para as mãos de um petista, o senador Jorge Viana (AC), vice-presidente da Casa, Jucá disse que não vê problemas. "O senador Jorge Viana é íntegro e trabalhador, não vai haver diferença", afirmou.
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