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"Capuz de esquerda e direita não serve mais", diz candidato do PSDB

PAULA SPERB PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Deputado federal no segundo mandato, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), 44, fez 29,84% dos votos no primeiro turno da eleição da capital gaúcha. O tucano chegou à frente do candidato da situação, o vice-prefeito Sebas

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.10.2016, 18:29:08 Editado em 27.10.2016, 18:30:08
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PAULA SPERB

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PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Deputado federal no segundo mandato, Nelson Marchezan Jr. (PSDB), 44, fez 29,84% dos votos no primeiro turno da eleição da capital gaúcha. O tucano chegou à frente do candidato da situação, o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB), que fez 25,93 % dos votos.

Marchezan desbancou os candidatos Raul Pont (PT) e Luciana Genro (PSol). Na última pesquisa Ibope, Marchezan aparece com 44% da intenção de votos contra 33% de Melo.

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Marchezan disse que a divisão entre "direita e esquerda" é marketing e que terá "atitude" para combater a crise de segurança pública que afeta a cidade.

Pergunta - O PSDB ficou na prefeitura por quase 12 anos, saindo em 2015, e o PP, do seu vice, permanece na prefeitura. O candidato da situação afirma, nos debates, que o senhor é "oposição de ocasião".

Marchezan Jr. - Cargo não é escravidão. É justamente essa política que apodreceu o Brasil. Algumas pessoas se vendem por cargos. Seria mais confortável para o PP, e para o próprio PTB [do candidato Maurício Dziedrick], terem continuado com o Sebastião Melo [vice-prefeito e candidato do PMDB]. Provavelmente teriam um espaço maior e dariam até a vitória para ele. Mas eles entendem que o Melo não será um bom prefeito porque eles conhecem o Melo.

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- Mas os partidos ocupam cargos na prefeitura?

- Claro. Eles apoiaram o Fortunatti [atual prefeito], apoiaram o PDT. Apoiam o governo. Meu coordenador de campanha era líder do governo. Claro que ocupam cargos. A diferença é que olharam para o Sebastião Melo e entenderam que não [deveriam apoiar]. Do jeito que está entendem que não vai ter mudança.

- O que você acha da campanha pelo voto nulo?

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- O voto nulo é muito mais pregado pelo Melo do que por qualquer outro partido [de esquerda]. É a velha estratégia: se tu não consegue se defender e sair do meio da lama, tu joga lama em todos para dizer que todo mundo é igual.

- Há chance de eleitores da esquerda votarem em você?

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- Nas nossas pesquisas apareciam que um grande percentual de eleitores indecisos tinham dúvida entre eu e a Luciana. Um bom percentual do meu eleitor tinha como segundo voto a Luciana. Um bom percentual de eleitor da Luciana tinha como segundo voto Marchezan.

- Como vê a esquerda de fora do segundo turno?

- Este capuz, de esquerda e direita, não serve mais e tem sido usado de forma marqueteira no Brasil. As pessoas viram que é uma falsidade, um rótulo de marketing só. Esses termos perderam definição clara. O PT foi no poder uma grande esperança de todos e numa grande decepção de todos. Toda parte podre da política teve uma supervalorização no governo do PT.

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- Há alguma semelhança entre o PSDB de Porto Alegre e São Paulo nessas eleições?

- Não temos histórico de partido forte como tem em São Paulo. Depois de 16 anos do PT, a cidade decidiu mudar. Agora, depois de 12 anos [de PDT e PMDB], quer mudar de novo. Por um acaso, o candidato da mudança sou eu.

- Qual sua avaliação do governo Sartori?

- O governo teve uma herança do modelo PT de administrar, de gastar desvairadamente. O Tarso [Genro, ex-governador], sem querer ofender a pessoa dele, mas a gestão dele foi criminosa. Ele e o secretário da Fazenda dele tinham que estar presos. O problema do governo Sartori é que ele não apresenta onde quer chegar e como quer chegar. É angustiante.

- A crise do Estado reflete na segurança. Qual sua principal proposta na área?

- Atitude. O prefeito tem que dizer que segurança é problema dele.

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