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"O vitorioso foi a descrença", diz candidato do PMDB sobre votos nulos

PAULA SPERB PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Candidato da situação, o atual vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (PMDB), fez 25,93% dos votos e diz que foi o terceiro colocado: "o primeiro é o voto nulo, branco e abstenções [38,4%], o segundo é o

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 27.10.2016, 18:24:40 Editado em 27.10.2016, 18:25:11
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PAULA SPERB

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PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - Candidato da situação, o atual vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (PMDB), fez 25,93% dos votos e diz que foi o terceiro colocado: "o primeiro é o voto nulo, branco e abstenções [38,4%], o segundo é o Marchezan [29,84%], do PSDB.

Melo falou enquanto aguardava notícias sobre o desaparecimento de um de seus coordenadores de campanha, na manhã da última segunda-feira (17);

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Abalado, Melo pedia a assessores que prestassem auxílio à família de Plínio Zalewski, 53, que foi encontrado morto horas depois.

Melo aparece com 33% das intenções de voto na última pesquisa Ibope, atrás de Marchezan, com 44%.

Pergunta - Como avalia a campanha até o segundo turno?

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Melo - Desde os movimentos de 2013, há uma profunda contestação da política tradicional. O resultado, quase 40% anularam, votaram em branco ou se abstiveram, é exatamente um espelho disso. O vitorioso foi a descrença.

- É a primeira vez que a esquerda fica de fora no segundo turno.

- A esquerda não chegar ao turno é por tudo isso que aconteceu no Brasil. Mas, faça-se justiça, na eleição passada o PT já não tinha ido bem aqui em Porto Alegre -Adão Villaverde (PT) ficou fora do segundo turno-, Manuela D'Ávila (PCdoB) perdeu para José Fortunati (PDT)]. Fiquei em terceiro [25,93 %], porque o primeiro é voto nulo, branco e abstenções [38,4%], o segundo é o Marchezan [29,84%].

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- O que pensa sobre a campanha pelo voto nulo?

- Acho equivocado. A pregação do voto nulo é negar a política. Negar a política é [promover] o surgimento de salvadores da pátria, o que é muito perigoso. A gente já viu isso com o Collor em 1989, a gente vê isso em algumas figuras que estão chegando. Tenho muito medo disso. Leva à escuridão.

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- Como avalia o nível do debate e da propaganda?

- Meu adversário passou o primeiro turno batendo, batendo, batendo...De forma muito dissimulada agora tenta se vitimar. Fazer comparações não é baixar o nível. Quero comparações. Ele ficou 11 anos no governo, seus aliados ocupam o governo. Portanto ele é uma "oposição de ocasião".

- Quais cargos os partidos que apoiam Marchezan ocupam?

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- São sete secretarias [ocupadas por partidos da coligação adversária], várias secretarias adjuntas e em torno de quase 300 espaços em diversas áreas no governo, em duas áreas, fundamentalmente: a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), que está sob intervenção, e o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP), ligados ao PP [partido do vice de Marchezan]. O DEP passou por um incêndio [na madrugada do dia 17] que a polícia vai apurar se é ou não criminoso. É lá onde estavam os processos que apuravam irregularidades [de desvio de verba pública].

- Qual principal proposta para segurança pública?

- Sou um vice-prefeito de atitude, não sou de me omitir. Se for prefeito vou cuidar pessoalmente da segurança pública. Vou instalar um comitê de crise e semanalmente vou comandar as reuniões. Vou buscar um convênio com a Brigada Militar [a PM gaúcha] para pagar horas-extras para os brigadianos.

- Como as crises financeiras estaduais e federais afetam a prefeitura?

- As finanças públicas do Brasil estão muito mal. A mesma coisa com o governo do Estado. Toda vez que o país arrecada menos, retém recursos dos municípios em Brasília.

- A perspectiva é de melhora?

= Começa a brotar uma luz no fim do túnel de aquecimento econômico.

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