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'Batalha da água' acirra segundo turno da campanha em Ribeirão Preto

MARCELO TOLEDO RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - A batalha sobre as formas de abastecimento de água em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) acirrou a disputa no segundo turno da eleição na cidade. Até então atrás na disputa, o vereador Ricardo Silva (P

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 25.10.2016, 15:23:01 Editado em 25.10.2016, 15:25:04
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MARCELO TOLEDO

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RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - A batalha sobre as formas de abastecimento de água em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) acirrou a disputa no segundo turno da eleição na cidade.

Até então atrás na disputa, o vereador Ricardo Silva (PDT) passou a criticar de forma contínua na propaganda eleitoral no segundo turno proposta de seu adversário, Duarte Nogueira (PSDB), de captar água do rio Pardo, que passa no município, para complementar o abastecimento no município, feito hoje exclusivamente a partir de captação do aquífero Guarani.

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Após Ricardo sair na frente na disputa, ser superado no primeiro turno e aparecer 14 pontos percentuais atrás na primeira pesquisa do segundo turno, membros de sua campanha afirmam ver o tema como um dos responsáveis pela recuperação do candidato.

Pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira (24) mostra empate técnico entre os adversários. O pedetista aparece com 48% dos votos válidos, ante 52% de Nogueira. No levantamento anterior, divulgado no último dia 17, Ricardo tinha 43%, ante 57% do candidato tucano -ambos tiveram variação fora da margem de erro, de quatro pontos percentuais. No primeiro turno, Nogueira teve 39,86% dos votos válidos, ante 27,86% de Ricardo.

"Não dá para entender que em Ribeirão Preto tenha proposta de captação de água do rio, sendo que temos o nosso aquífero, com água boa, limpa, para todos", disse Ricardo num dos debates entre os dois no segundo turno.

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Em seus programas no horário eleitoral, Ricardo tem usado imagens de eleitores dizendo que a água do rio é "podre", "fedida" e que Nogueira "quer dar para os pobres beberem". "Não vamos permitir, como estão querendo, que a água do rio Pardo, que recebe esgoto de dezenas de cidades antes de passar por Ribeirão, seja usada para abastecer os bairros mais simples", disse o pedetista no horário eleitoral.

Já Nogueira tem afirmado que a possibilidade de usar a água do rio Pardo é um "plano B" e é um pensamento sobre o futuro do abastecimento para o município.

O plano inicial, de acordo com ele, é seguir com o uso da água do aquífero, que a cada ano que passa vê seu nível se reduzindo na cidade.

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"Nós podemos, a médio e longo prazo, ter um colapso no abastecimento de água [se nada for feito]", disse o tucano em uma sabatina. Segundo ele, qualquer cidade ou região metropolitana capta água de lagos ou rios e a trata para que possa ser utilizada.

Ainda conforme Nogueira, os estudos que são feitos pelo Daerp (departamento de água) sobre o uso de água do rio Pardo terão continuidade.

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O rio Pardo nasce no centro-sul de Minas Gerais, corta municípios como São José do Rio Pardo, Mococa, Ribeirão Preto e Barretos e desemboca no rio Grande, na divisa entre São Paulo e Minas, num curso de 573 quilômetros.

A possibilidade de captar água do Pardo não é nova na cidade. Em 2014, a prefeitura já tinha obtido autorização da ANA (Agência Nacional de Águas) para a captação.

Segundo o projeto, poderia ser possível até dobrar o volume de água disponível, numa cidade que sofre com a falta d'água devido a problemas históricos nos poços e ao desperdício na rede -que equivale a quase metade da captação.

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Segundo o Daee (Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo) em Ribeirão Preto, o abastecimento por poços atingiu nos últimos anos o limite da sustentabilidade e o nível do aquífero já baixou 70 metros devido ao uso para abastecimento.

Mas o próprio rio Pardo enfrenta seus problemas. Na última seca recorde no interior paulista, em 2014, o rio atingiu o menor nível desde 1970.

INDECISOS

A pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira mostrou também a redução no total de eleitores de Ribeirão Preto que pretendem votar em branco ou anular e indecisos.

No total, 14% dos eleitores entrevistados afirmaram que votarão em branco ou anularão, enquanto 4% não souberam ou não responderam. Uma semana atrás, os índices eram de 20% e 6%, respectivamente. Foram ouvidos 700 eleitores entre os dias 21 e 23.

Em relação aos votos totais -incluindo brancos, nulos e indecisos-, Nogueira oscilou positivamente um ponto e tem, agora, 43%. Ricardo, que tinha 32% no levantamento anterior, atingiu 39%.

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