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Senadores criticam operação Métis e admitem pedir varreduras

DANIEL CARVALHO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - De volta ao trabalho nesta segunda-feira (24), senadores criticaram em plenário a Operação Métis, realizada no Senado na última sexta-feira (21), com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 24.10.2016, 17:23:46 Editado em 24.10.2016, 17:25:09
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DANIEL CARVALHO

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - De volta ao trabalho nesta segunda-feira (24), senadores criticaram em plenário a Operação Métis, realizada no Senado na última sexta-feira (21), com o objetivo de desarticular uma suposta organização criminosa que busca atrapalhar as investigações na Lava Jato.

O senador José Medeiros (PSD-MT) foi o primeiro a discursar sobre o assunto, criticando as buscas nas dependências da Polícia Legislativa, no subsolo do Senado, e a prisão temporária de quatro agentes da organização, entre eles o diretor Pedro Ricardo Carvalho. Carvalho é o único deles que continua detido.

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"É bom que a gente esclareça, para que a gente não entre em guerra de corporações, para que a gente não entre na briga de vaidades feridas", disse Medeiros, para quem é preciso cautela para "não demonizar os servidores".

De acordo com investigação da Polícia Federal, aparelhos de detecção de grampos em poder da Polícia Legislativa foram usados em seis imóveis ligados a dois senadores e dois ex-senadores: Fernando Collor (PTC-AL), Lobão Filho (PMDB-MA), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e José Sarney (PMDB-MA).

"Vou confessar uma coisa aqui: faço varredura constantemente no meu gabinete. Se isso for motivo de prisão, por favor, me algemem", afirmou José Medeiros, que admitiu ter pedido uma varredura ainda não realizada.

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"O Pedro, que é o chefe da polícia, que não está me ouvindo, está me devendo uma varredura no meu gabinete. Não mandei por documento, mas solicitei também uma varredura", afirmou o senador por Mato Grosso.

Para o parlamentar, as varreduras são importantes porque ele e seus pares tratam de assuntos que "devem ser sigilosos, não porque seriam ilegais, mas por serem assuntos de interesse da Nação, assuntos que, por vezes, se fossem a público, poderiam derrubar o mercado, poderiam influenciar na Bolsa, porque são informações privilegiadas e poderiam trazer prejuízo à Nação".

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ), que presidiu a esvaziada sessão desta segunda-feira, fez um aparte para também criticar o "ato que exorbitou todas as competências", pois "o funcionário agiu a partir de uma solicitação".

"A meu ver, foi um excesso, um abuso. Mas estamos vendo a desmoralização do Parlamento, desmoralização do Senado. Fica bonito até para o juiz autorizar uma prisão de servidores que estão ali no estrito cumprimento do seu dever funcional, como está garantido pelo Regimento Interno do Senado", disse Lindbergh.

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