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Suspeito de furtar bens municipais, Greca pede perícia em chácara

ESTELITA HASS CARAZZAI CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - Suspeito de furtar peças de um museu municipal, o ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN), que concorre ao cargo novamente, pediu à Justiça nesta sexta (21) uma perícia em sua chácara na região metropo

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.10.2016, 17:22:33 Editado em 21.10.2016, 17:25:04
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ESTELITA HASS CARAZZAI

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CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - Suspeito de furtar peças de um museu municipal, o ex-prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN), que concorre ao cargo novamente, pediu à Justiça nesta sexta (21) uma perícia em sua chácara na região metropolitana. É lá que, conforme suspeita a prefeitura, pode estar parte do acervo desaparecido do museu Casa Klemtz, em 1995, época em que Greca era prefeito, como mostrou reportagem da Folha de S.Paulo.

O pedido de perícia foi feito no mesmo dia em que uma ação popular, movida por advogados que pedem a devolução dos bens à prefeitura, foi divulgada à imprensa.

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A defesa de Greca argumenta que a investigação feita pela Prefeitura de Curitiba, aberta um dia depois da reportagem da Folha de S.Paulo, em meio à disputa eleitoral e anos após o sumiço das peças, mostra um "flagrante abuso de poder político".

O atual prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT), concorria à reeleição. Ele acabou fora do segundo turno, disputado por Greca e pelo deputado estadual Ney Leprevost (PSD).

Os advogados pedem a produção de um laudo "imparcial, através de perito isento".

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Na sindicância da prefeitura, que está paralisada por decisão da Justiça, um laudo técnico concluiu, a partir de fotografias, que há "uma verossimilhança muito grande" entre os objetos sumidos e o acervo pessoal de Greca. Em alguns casos, o documento aponta "evidências notórias" de que se trata da mesma peça.

"[Greca] tem o direito de demonstrar e ter reconhecido por meio de prova pericial, que os móveis que guarnecem sua residência não são os mesmos supostamente desaparecidos da Fundação Cultural de Curitiba, evitando assim a propagação da infundada suspeita na mídia e nas redes

sociais, em flagrante prejuízo à sua reputação", afirmam os advogados de Greca.

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O candidato nega que tenha se apropriado das peças desaparecidas. "Se há semelhança, é de estilo do mobiliário da época, comum nas residências tradicionais de Curitiba, grande centro de produção moveleira", disse, em nota.

"Essa perícia é uma questão de honra para Greca", diz a advogada Vanessa Volpi.

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O pedido ainda não foi analisado pela Justiça.

AÇÃO POPULAR

Ainda nesta sexta (21), um grupo de advogados divulgou ter entrado com uma ação popular pedindo a devolução dos bens supostamente furtados por Greca do museu municipal.

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"É inescondível que houve omissão do município de Curitiba em benefício de terceiro, o ex-prefeito Rafael Greca. A conduta enquadra-se perfeitamente nas hipóteses que autorizam o manejo da ação popular visando à recomposição do patrimônio público, artístico, histórico e cultural", diz a petição.

A ação foi movida pelos advogados Paulo Demchuk, Carlos Alberto Farracha de Castro e Elton Baiocco.

Ainda não houve decisão da Justiça.

O juiz Guilherme de Paula Rezende, porém, afirmou, em despacho nesta quinta (20), que há "possibilidade de declaração de prescrição" do processo, já que o sumiço dos bens foi relatado pela primeira vez em 1995, ou seja, 21 anos atrás.

Os advogados discordam e dizem que não há prescrição em caso de ressarcimento ao erário.

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