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Executiva diz ter comprado gado superfaturado de empresa de ministro

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em acordo de leniência com a Operação Lava Jato, a matemática e ex-executiva da Carioca Engenharia Tania Fontenelle afirmou que a empresa adquiriu cabeças de gado superfaturadas da empresa Agrobilara Comércio e Participações L

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 17.10.2016, 22:22:16 Editado em 17.10.2016, 22:25:08
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Em acordo de leniência com a Operação Lava Jato, a matemática e ex-executiva da Carioca Engenharia Tania Fontenelle afirmou que a empresa adquiriu cabeças de gado superfaturadas da empresa Agrobilara Comércio e Participações Ltda., do ministro do Esporte Leonardo Picciani.

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O objetivo seria gerar dinheiro em espécie que abasteceria o caixa dois da empreiteira. A informação foi revelada pelo jornal "O Estado de S. Paulo".

Fontenelle, que afirma ter trabalhado para a Carioca de 2007 até 2015, afirmou no depoimento que "recebia solicitações de acionistas e diretores da Carioca Engenharia para providenciar dinheiro em espécie e assim procedia". Segundo ela, para conseguir as quantias, eram "de outras empresas prestadoras de serviços, celebrando contratos simulados", que envolveriam superfaturamento de serviços prestados.

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Entre eles estaria a compra de cabeças de gado da empresa Agrobilara, pertencente à família Picciani. Além do ministro, são controladores da companhia também Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio, e Rafael Picciani, deputado estadual.

Segundo a matemática, as empresas ficariam com o preço referente ao serviço de fato prestado e com uma "comissão" de 25% a 30% do valor do contrato. O restante seria devolvido em espécie para a executiva, que então repassaria a quantia para os diretores e acionistas. As declarações foram dadas em 19 de abril deste ano.

Apontada como uma das empreiteiras que pagou propina no exterior para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Carioca Engenharia fechou um acordo de leniência com o Ministério Público Federal e pagará R$ 100 milhões de reparação pelos atos de corrupção.

A reportagem não conseguiu localizar o ministro Leonardo Picciani até as 22h.

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