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Executivo menciona peemedebistas em negociação, diz revista

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O executivo Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, citou em negociação para fechar delação o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), o secretário Moreira Franco (Programa d

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 15.10.2016, 13:32:50 Editado em 15.10.2016, 13:35:08
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O executivo Claudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, citou em negociação para fechar delação o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), o secretário Moreira Franco (Programa de Parcerias de Investimentos) e o senador Romero Jucá (PMDB-RR). A informação foi publicada pela revista "Veja" desta semana.

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Os três peemedebistas integram o círculo próximo do presidente Michel Temer.

De acordo com a publicação, Melo, que discute colaboração com a Operação Lava Jato, contou que Moreira Franco pediu à Odebrecht, em 2014, uma colaboração de R$ 3 milhões.

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O dinheiro não era para a campanha, segundo a revista, já que Moreira Franco, então ministro da Aviação Civil de Dilma Rousseff, não foi candidato naquele ano.

A "Veja" informa que Melo ainda não detalhou aos investigadores quais interesses estariam por trás da contribuição, mas os advogados da Odebrecht iriam revelar em breve que o dinheiro que teria sido dado a Moreira Franco era para que ele abortasse a ideia da construção de um aeroporto em Caieiras, em São Paulo.

A Odebrecht liderou um consórcio que venceu a disputa pela concessão do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com investimento previsto de R$ 19 bilhões, mas o governo estaria pressionando a empreiteira para também assumir o investimento em Caieiras.

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Segundo a reportagem, mensagens apreendidas durante a investigação corroboram a versão do executivo.

Ele também teria dito na conversa com os procuradores que intermediou o pagamento de R$ 10 milhões em propina para Jucá, ex-ministro do Planejamento de Michel Temer, para que ele trabalhasse pelos interesses da companhia em projetos de lei e medidas provisórias que tramitavam no Congresso. O dinheiro teria sido pago na forma de doações legais e ilegais, diz a revista.

Ainda segundo a publicação, o ex-dirigente da Odebrecht contou aos investigadores detalhes do financiamento das campanhas de Geddel, de quem seria vizinho em um condomínio próximo a Salvador. A "Veja" não informa, porém, o que exatamente Melo relatou sobre as campanhas do ministro.

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O executivo teve acordo de delação recentemente rejeitado pelos procuradores, mas pessoas próximas de Melo afirmaram à Folha na sexta-feira (14) que a negociação avançou e que sua delação está perto de ser aceita.

Mais de 40 funcionários e ex-funcionários da Odebrecht já fecharam acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato.

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OUTRO LADO

A Odebrecht disse que não se manifestará sobre o caso.

A "Veja" informou que o secretário Moreira Franco negou, por meio de nota, qualquer envolvimento no caso e que nunca pediu qualquer apoio financeiro a executivos da Odebrecht. Disse ainda que a construção do terceiro aeroporto em São Paulo não ocorreu por conta de razões técnicas.

A revista também diz que Jucá nega os fatos narrados na matéria.

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