DÉBORA ÁLVARES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou na manhã desta quarta-feira (5) ter alguma influência sobre a nomeação do deputado Marx Beltrão, seu correligionário e conterrâneo, para o Ministério do Turismo.
"Enquanto for presidente do Senado Federal não vou participar de sugestão para a formação do governo. Entendo incompatível com a função que exerço", afirmou o senador.
Calheiros é aliado de Beltrão, cuja nomeação foi publicada na edição desta quarta do "Diário Oficial da União". A iniciativa também contempla a bancada peemedebista da Câmara.
O presidente Michel Temer decidiu pela indicação após almoço com Renan na terça (4). Beltrão tomará posse já nesta tarde.
O posto está vago desde a demissão de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que foi citado por delatores da Lava Jato. Alves era da cota do ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Antes de Beltrão, o governo federal chegou a cogitar a indicação de Vinicius Lages, ex-ministro da pasta e afilhado político do presidente do Senado.
Com a exigência da bancada peemedebista da Câmara de que fosse um deputado federal, o nome de Lages foi descartado.
A intenção do Planalto é agradar a todos com vistas a facilitar a aprovação da PEC do teto de gastos, que enfrenta resistência inclusive na base aliada.
O texto foi lido nesta terça (4) na comissão especial formada para analisá-lo e deve ser votado na quinta (6).
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