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Juiz que proibiu cobertura de voto de Dilma já a chamou de "incompetente e desesperada"

PAULA SPERB PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - O juiz Niwton Carpes da Silva, da 160ª zona eleitoral de Porto Alegre, que impediu que a imprensa registrasse o voto da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), na tarde deste domingo (2), já chamou Dilma de "incompet

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.10.2016, 18:18:19 Editado em 02.10.2016, 18:20:14
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PAULA SPERB

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PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - O juiz Niwton Carpes da Silva, da 160ª zona eleitoral de Porto Alegre, que impediu que a imprensa registrasse o voto da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), na tarde deste domingo (2), já chamou Dilma de "incompetente e desesperada".

Políticos petistas como o ex-ministro Miguel Rosseto e o ex-governador gaúcho Olívio Dutra também foram proibidos pelo juiz de acompanharem Dilma. A proibição acabou em confronto entre os policiais militares e jornalistas.

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O magistrado fez as declarações sobre a ex-presidente no seu perfil pessoal do Twitter, criado em março. O perfil é seguido por diversos familiares do juiz. Em 20 de abril deste ano, o juiz escreveu que "ela [Dilma] é tão incompetente e desesperada que não tem condições de autocrítica. O esquerdismo radical perdeu o trem da história".

Dias antes, em 14 de abril, Silva escreveu que "o governo já afundou num mar de corrupção". Em outra ocasião, ao comentar uma notícia sobre a operação Lava Jato, afirmou que "o difícil é aturar essa esquerda barulhenta e desinformada, leitora de pasquim de sindicatos".

O juiz também é um admirador de Sérgio Moro, juiz federal que atua em Curitiba (PR) e é contestado por movimentos de esquerda sobre suas decisões referentes às investigações da Lava Jato. "Moro me representa e implica numa fagulha de decência no universo de falcatruas e corrupção que assolam o país", escreveu Silva em 26 de março.

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A Folha de S.Paulo tentou contato com o juiz pelo telefone do cartório eleitoral, disponibilizado pelo TRE-RS (Tribunal Regional Eleitoral), mas ninguém atendeu.

A justificativa do juiz para proibir a presença da imprensa na sua seção eleitoral, no colégio Santos Dumont, na zona sul da capital gaúcha, foi a de que Dilma não possui esse direito por não ser candidata nestas eleições e ser uma "cidadã comum".

"Que eu sou uma cidadã comum, eu sou com muito orgulho. Há que ter orgulho de ser cidadã ou cidadão nesse país", disse Dilma.

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A proibição da entrada dos políticos petistas que acompanhavam Dilma foi justificada porque "eles não votam na seção de Dilma".

"Acho um absurdo. Acho antidemocrático", disse Dilma sobre proibir a entrada da imprensa.

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O candidato petista à prefeitura, Raul Pont (PT), foi a única testemunha do voto de Dilma, além dos mesários. Pont também foi empurrado na confusão quando a Brigada Militar (a PM gaúcha) fechou a porta da escola impedindo a entrada da imprensa, políticos e demais eleitores que votariam naquela hora.

"Fui empurrado, mas não fui ferido", disse Pont, que tinha uma mancha de sangue na manga direita de sua camisa.

A vice da chapa de Pont, Silvana Conti (PCdoB), saiu mancando da escola e contou ter levado um chute na perna. De acordo com ela, um policial foi o autor da agressão.

O deputado federal Henrique Fontana (PT-RS) acusou as autoridades de "censura", por impedir o registro do voto de Dilma.

Na chegada, Dilma foi recebida com flores vermelhas. A militância gritou "Fora, Temer".

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