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Defesa de Dilma entra com pedido no STF para anular impeachment

DÉBORA ÁLVARES BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um novo pedido de anulação do impeachment da petista, com pedido para que ela retorne ao cargo de imediato. A peça de 481 pági

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 30.09.2016, 12:13:11 Editado em 01.10.2016, 21:45:22
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DÉBORA ÁLVARES

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A defesa da ex-presidente Dilma Rousseff apresentou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um novo pedido de anulação do impeachment da petista, com pedido para que ela retorne ao cargo de imediato.

A peça de 481 páginas protocolada na noite de quinta-feira (29) centra-se na ausência de pressupostos jurídicos para a decisão de retirar Dilma do cargo. Ao contestar o mérito da acusação, o advogado José Eduardo Cardozo afirma que não houve crime de responsabilidade.

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"No âmbito do sistema presidencialista adotado pela nossa lei maior, não se pode ter por admissível que uma maioria parlamentar, mesmo que expressiva, possa vir a decidir o impeachment de um presidente da República, sem a invocação plausível e minimamente demonstrada da real ocorrência de um crime de responsabilidade, ou sem que se respeite os princípios constitucionais do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Foi, porém, o que ocorreu", afirma o mandado de segurança.

O texto do documento resgata as falas de Cardozo ao longo do processo e fala em criação de "pretextos" para aprovar o impeachment. "As acusações apresentadas na denúncia por crime de responsabilidade julgada procedente pelo Senado Federal não passam de meros pretextos retóricos invocados para se dar 'aparência de legitimidade' à decisão arbitrária de se cassar o mandado de uma Presidenta da República legitimamente eleita".

O ex-ministro da Justiça também diz no pedido de anulação que o presidente Michel Temer, à época vice-presidente, articulou a condenação da petista pelo Congresso, primeiro na Câmara e, em seguida, no Senado.

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"A negociação foi comandada diretamente pelo sr. vice-presidente da República, Michel Temer, desde o processamento do impeachment na Câmara dos Deputados. Não foram articulações mascaradas ou cautelosas. Foram abertas e despudoradas".

Cardozo argumenta que a articulação para retirar Dilma da Presidência da República se deu pelos "derrotados na eleição de 2014", que "chegavam ao poder mesmo sem ter os votos que legitimariam essa condição".

A peça menciona ainda a atuação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no processo de impeachment. O deputado cassado é chamado de "juiz-algoz" de Dilma. "Foi, sem sombra de dúvida, a 'mão visível' que conduziu, durante um largo período, todo este abusivo e ilegítimo processo de impeachment".

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No mandado de segurança, com pedido de liminar, o advogado solicita que o processo seja relatado pelo ministro Teori Zavascki, "por prevenção".

Dilma Rousseff teve o afastamento definitivo da Presidência da República aprovado pelo Senado em 31 de agosto por 61 votos a 20. Ela foi acusada de ter cometido crime de responsabilidade por atraso em repasses no âmbito do Plano Safra e de ter editado decretos de crédito suplementar sem autorização prévia do Congresso Nacional.

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