NICOLA PAMPLONA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - O Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu manter em regime fechado os irmãos Adir e Samir Assad, acusados pela força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e formação de quadrilha.
Na sessão desta quarta-feira (28), a 1ª Turma do tribunal negou por dois votos a um os pedidos de que os dois fossem libertados ou mandados para prisão domiciliar. O resultado seguiu a recomendação do Ministério Público Federal, que também é contrário à soltura.
Adir Assad foi preso em julho e Samir, em agosto.
Os dois são acusados de participar de esquema de corrupção na estatal Eletronuclear, relacionadas às obras da usina de Angra 3. De acordo com o MPF, eles criaram uma espécie de caixa dois entre empreiteiras para lavagem de cerca de R$ 176 milhões.
"Para quem comete os chamados crimes do 'colarinho branco', a prisão domiciliar seria um prêmio, pois a pessoa pode continuar cometendo o delito de casa, usando computador ou telefone. Aliás, a tornozeleira eletrônica é um recurso que também não impede a prática do crime", defendeu a procuradora regional Mônica Ré.
Votaram contra a soltura os desembargadores federais Abel Gomes e Paulo Espírito Santo. O desembargador federal Ivan Athié, relator dos habeas corpus, defendeu a prisão domiciliar, alegando que os custos são mais baixos para o Estado.
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