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Escândalo após escândalo, PT definha na terra natal de Palocci

MARCELO TOLEDO RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Escândalo após escândalo envolvendo seu maior ícone, Antonio Palocci, o PT de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) viu sua votação definhar nas últimas eleições e, neste ano, nem candidato à prefeitura la

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.09.2016, 13:38:40 Editado em 26.09.2016, 16:20:04
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MARCELO TOLEDO

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RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) - Escândalo após escândalo envolvendo seu maior ícone, Antonio Palocci, o PT de Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) viu sua votação definhar nas últimas eleições e, neste ano, nem candidato à prefeitura lançou. É a primeira vez que isso ocorre desde a década de 1980, justamente quando Palocci começou a despontar na política local.

Palocci foi preso temporariamente nesta segunda (26) na 35ª fase da Operação Lava Jato.

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Eleito vereador em 1988, ele não cumpriu o mandato -o que passou a ser rotina em sua carreira política- e renunciou quando venceu a eleição para deputado estadual, dois anos depois.

Em 1992, disputou a Prefeitura de Ribeirão pela primeira vez, renunciando ao mandato de deputado. Voltaria a vencer a eleição municipal em 2000, ainda no primeiro turno. Não fez seu sucessor em 1996, mas a disputa foi ao segundo turno.

Vivia o auge de popularidade na cidade e, em novembro de 2002, renunciou para comandar a equipe de transição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Depois disso, o PT nunca mais chegou sequer ao segundo turno na cidade. Em 2004, seu vice, Gilberto Maggioni, que assumiu o governo após a renúncia, amealhou 25,74% dos votos (62.356) e ficou atrás do eleito, Welson Gasparini (PSDB), e do segundo colocado, Baleia Rossi (PMDB).

O escândalo da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, em 2006, resultou na demissão de Palocci do Ministério da Fazenda, e a votação do partido nunca mais passou de 15% na cidade.

Em 2008, o candidato Feres Sabino, por exemplo, obteve 23.839 votos, ou 8% dos válidos.

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Um novo episódio envolvendo Palocci resultou na entrega do cargo na Casa Civil, em junho de 2011, após a Folha de S.Paulo revelar que ele multiplicou seu patrimônio por 20 entre 2006 e 2010, quando era deputado federal e manteve, paralelamente, uma consultoria privada.

No ano seguinte, o PT lançou o juiz aposentado João Gandini como candidato, mas mais uma vez a votação ficou abaixo da expectativa: 45.655 votos, 15% dos válidos.

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Sem um nome forte em seus quadros, o PT desistiu neste ano de lançar concorrente. A escassez de recursos financeiros foi outro motivo apontado para a decisão.

Com isso, o partido apoia o sindicalista Wagner Rodrigues (PCdoB) na disputa. A depender das últimas pesquisas, também não conseguirá sequer ir ao segundo turno.

O candidato, que foi levado a depor coercitivamente na operação Sevandija, obteve 1% das intenções de voto conforme pesquisa Ibope divulgada no último dia 15.

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SUSPEITA

Antes mesmo de escândalos envolvendo seu nome no primeiro escalão do governo federal, Palocci viu sua rápida segunda gestão à frente da Prefeitura de Ribeirão -23 meses- se notabilizar por uma licitação sob suspeita.

O governo do petista abriu processo licitatório para comprar 41.787 cestas básicas que exigiam, em sua composição de produtos, a presença de uma lata de molho de tomate com ervilha, fabricado à época por apenas uma empresa. O caso foi parar na Justiça.

Juscelino Dourado, também preso temporariamente agora na Lava Jato, foi secretário (Casa Civil e chefia de gabinete, entre outras funções) dos governos de Palocci em Ribeirão Preto.

A operação cumpriu, nesta segunda-feira (26), mandado de busca e apreensão num imóvel da família de Palocci em Ribeirão Preto. Os documentos apreendidos serão levados à PF em Curitiba.

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