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ATUALIZADA - Em nova fase da Acrônimo, PF mira chefe da Casa Civil de Minas

BELA MEGALE E JOSÉ MARQUES BRASÍLIA, DF, E BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (23) a 9ª fase da Operação Acrônimo. É a terceira fase realizada em duas semanas. Entre os alvos estão o atual secretário-chefe da C

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 23.09.2016, 12:07:00 Editado em 23.09.2016, 12:17:08
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BELA MEGALE E JOSÉ MARQUES

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BRASÍLIA, DF, E BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) - A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (23) a 9ª fase da Operação Acrônimo. É a terceira fase realizada em duas semanas.

Entre os alvos estão o atual secretário-chefe da Casa Civil do governo de Minas Gerais, Marco Antônio Rezende Teixeira, e o presidente da Prodemge (empresa de tecnologia e informação do governo), Paulo de Moura Ramos.

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Ramos foi sócio de Teixeira na MOP Consultoria. Os investigadores suspeitam que a empresa tenha o governador Fernando Pimentel (PT) como verdadeiro dono. Além da MOP, há mandado contra pessoas ligadas à consultoria OPR em MG.

Os policiais fizeram busca e apreensão na casa de Teixeira pela manhã, em Belo Horizonte, mas o secretário não estava no local. Segundo assessores, está de férias no exterior com os filhos. Ele faz aniversário nesta sexta.

Outro alvo, Ramilton Machado, diretor da empresa OAS, cujo sócio é um dos donos, Léo Pinheiro, está preso em Curitiba (PR) no âmbito da Lava Jato. A sede da empreiteira em Brasília (DF) também sofreu buscas.

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Segundo relatos de pessoas ligadas à OAS, a PF investiga o fato delatado pelo ex-operador Benedito Oliveira, o Bené, que firmou colaboração com a Justiça. Ele afirmou a investigadores que a empreiteira doou R$ 3 milhões em espécie para a campanha do governador mineiro, Fernando Pimentel, em 2014.

Os valores teriam sido pagos em seis parcelas de R$ 500 mil na sede da MOP, em Belo Horizonte, nas mãos de Otílio Prado, assessor de Pimentel.

Segundo Bené, em contrapartida, Pimentel ajudou a OAS a conseguir um contrato para a construir um gasoduto no Uruguai.

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Machado, de acordo com Bené, teria sido um dos representantes da construtora que negociou os termos da doação.

Nesta fase não há prisões, somente conduções coercitivas em Minas Gerais e no Distrito Federal.

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HISTÓRICO

A Operação Acrônimo tem, entre suas principais investigações, um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais envolvendo gráficas e agências de comunicação da campanha do governador Fernando Pimentel e também pagamento de propinas a ele para conseguir financiamento público de projetos na época em que Pimentel foi ministro do Desenvolvimento.

Pimentel foi denunciado há cerca de quatro meses pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por corrupção e lavagem de dinheiro.

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Numa das primeiras fases da operação, em junho do ano passado, a Polícia Federal cumpriu mandado de apreensão no prédio onde fica a sede da OPR, empresa que já pertenceu a Pimentel e atualmente é registrada no nome do filho de seu ex-sócio.

No mesmo edifício, funcionava um escritório político do atual governador, quando ele foi eleito. Nele, a PF apreendeu notas fiscais da MOP.

Teixeira e Ramos também estavam no primeiro escalão da gestão Pimentel na Prefeitura de Belo Horizonte, entre 2001 e 2008. Ambos trabalharam na campanha de Pimentel ao governo em 2014 e depois compuseram a equipe de transição –Teixeira era o coordenador.

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OUTRO LADO

Procurada, a empresa OAS não quis se manifestar.

O governo de Minas não tem se manifestado sobre o caso, por entender que a operação não se relaciona com ações da gestão.

O advogado do governador Fernando Pimentel, Eugênio Pacelli, afirmou que a Acrônimo "já se esgotou".

"O que resta é o gosto pelos holofotes, a busca desesperada de provas que não existem e de fatos que as autoridades tiveram notícia desde o ano de 2014", afirmou.

Segundo ele, "não existe nem nova e nem fase na Acrônimo". "O único fato verdadeiro é que a operação agoniza lentamente, diante das inúmeras ilegalidades e abusos praticados desde o seu início", acrescenta.

Os demais alvos ainda não foram localizados pela reportagem.

O advogado de Teixeira e Ramos, José Sad Júnior, foi procurado pela reportagem, mas ainda não se manifestou.

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