DANIELA LIMA, GUSTAVO URIBE, VALDO CRUZ E MARIANA HAUBERT BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Integrantes do Palácio do Planalto e aliados do presidente Michel Temer disseram que ele recebeu com surpresa o resultado final da sessão do impeachment, que cassou o mandato de Dilma Rousseff, mas anistiou a petista da inabilitação para ocupar cargos públicos.
Houve ainda forte insatisfação nesse grupo com o fato de peemedebistas proeminentes, como o presidente do Senado, Renan Calheiros, terem apoiado publicamente o abrandamento da pena a Dilma. O Planalto também reprovou a atitude do líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), que se absteve da votação.
Segundo aliados, Temer rapidamente disparou a mensagem de que não só não sabia da articulação pela anistia de Dilma, como discordava da tese jurídica que foi usada para dar base à medida.
O presidente, que é constitucionalista, chegou a ser citado no discurso da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que fez um apelo aos senadores pela anistia a Dilma.
Nas palavras de um assessor presidencial, o resultado da votação acabou transformando "o dia do Temer no dia da Dilma".
Eunício justificou sua posição dizendo que ficou sabendo da articulação na noite desta terça-feira, véspera da votação. Na ocasião, segundo aliados, disse que como a decisão de patrocinar a articulação já havia sido tomada por alguns colegas, ele, pessoalmente, não iria se posicionar, por ser o líder da bancada.
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