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Haddad sobe no palanque em acampamento símbolo do MTST e faz acenos para sem-teto

REYNALDO TUROLLO JR. SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), subiu no palanque neste domingo (28) no acampamento Vila Nova Palestina, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), um dos maiores e mais simbólicos dos

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 28.08.2016, 17:53:16 Editado em 28.08.2016, 17:55:06
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REYNALDO TUROLLO JR.

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), subiu no palanque neste domingo (28) no acampamento Vila Nova Palestina, do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), um dos maiores e mais simbólicos dos sem-teto na capital, na região do Jardim Ângela (zona sul).

No palanque, usado para as assembleias dos ocupantes da área, o prefeito afagou os sem-teto, elogiou a pressão que eles fizeram para os vereadores aprovarem o Plano Diretor, em 2014, e anunciou a abertura, em até dez dias, de um parque próximo dali para o lazer dos moradores.

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Apesar de o MTST não declarar apoio público a nenhum candidato –parte de seus integrantes divide-se entre Haddad e Luiza Erundina (PSOL)–, o prefeito foi recebido na Vila Nova Palestina com festa. Uma das coordenadoras do movimento disse, no palanque, que a gestão Haddad foi parceira do grupo.

"Nós só temos o Plano Diretor mais avançado do Brasil por causa de vocês. É um plano muito avançado que dobrou a área de Zeis [Zona Especial de Interesse Social, onde podem ser construídas moradias]. A Câmara não teria aprovado se não fosse pela mobilização de vocês", discursou Haddad.

Na época da votação do Plano Diretor, Haddad chegou a subir no carro de som do MTST, durante um protesto no centro, e pedir para que os sem-teto pressionassem os vereadores. O episódio gerou críticas da oposição na Câmara.

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A ocupação da área da Nova Palestina começou no final de 2013 e causou polêmica entre o movimento social e ambientalistas. O local tem cerca de 1 milhão de metros quadrados –equivalente a dois terços do parque Ibirapuera.

A área, privada, seria destinada a um parque, sob a argumentação de ser próxima de mananciais e precisar ser preservada. Em menos de um mês, cerca de 8.000 famílias montaram seus barracos e cobraram que a prefeitura mudasse a destinação do terreno, que já estava parcialmente degradado (sem árvores).

Após pressão, Haddad revogou o decreto que transformava o local em parque, ato que deu fôlego ao MTST, que passou a considerar a Nova Palestina uma ocupação emblemática em São Paulo.

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Ficou definido que 700 mil metros quadrados serão parque, e os 300 mil restantes, usados para a construção de moradias. O projeto está em fase de análise pela Cetesb (companhia ambiental do Estado).

Neste domingo, Haddad declarou que, para "compensar" a área destinada às moradias e tranquilizar os ambientalistas, a prefeitura comprou, a cerca de dois quilômetros dali, um terreno particular no M'Boi Mirim que abrigará um parque com 300 mil metros quadrados.

"Daqui a dez dias [o parque] estará aberto para vocês, com quadra, área de cultura e 93 churrasqueiras", disse o prefeito. O local ainda não tem nome oficial.

Antes de discursar, o petista gravou um bate-papo com os sem-teto, em um barracão de madeira, que deverá ser usado em seu programa de TV. Haddad respondeu perguntas dos militantes sobre habitação e melhorias no trânsito da região. Falou ainda do cenário nacional e chamou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff de golpe, responsabilizando-o pelo congelamento de investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal.

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