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'Há crime de sobra', dizem autores de denúncia contra Dilma ao Senado

MARIANA HAUBERT, DÉBORA ÁLVARES E LEANDRO COLON BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Convidados para serem ouvidos na comissão especial do impeachment do Senado, dois dos autores da denúncia contra a presidente Dilma Rousseff defenderam que há crime "de sobra de

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.04.2016, 01:00:47 Editado em 27.04.2020, 19:50:57
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MARIANA HAUBERT, DÉBORA ÁLVARES E LEANDRO COLON
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Convidados para serem ouvidos na comissão especial do impeachment do Senado, dois dos autores da denúncia contra a presidente Dilma Rousseff defenderam que há crime "de sobra de responsabilidade" contra a petista.
Assim como fizera na Câmara, onde o prosseguimento do impeachment foi aprovado, o advogado Miguel Reale Jr. apontou argumentos acusando Dilma de crime de responsabilidade por editar créditos suplementares e usar dinheiro de bancos federais em programas do Tesouro, as chamadas "pedaladas fiscais".
"Fruto de uma irresponsabilidade gravíssima na condução das finanças públicas, que estão em frangalhos", afirmou Reale.
No começo da fala, o advogado criticou o voto do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na Câmara, em homenagem ao coronel Carlos Brilhante Ustra, que chefiou a unidade de tortura do DOI-Codi na ditadura. "Este pedido de impeachment não pode se prestar a isto", disse. O advogado foi embora antes de responder a perguntas, o que gerou reclamações.
Durante sua fala, a professora e advogada Janaína Paschoal defendeu que o Senado analise a denúncia original apresentada por eles, que inclui, além das pedaladas fiscais e dos decretos orçamentários, questões relacionadas à Lava Jato.
Para a advogada, hoje não há argumentos para pedir o impeachment do vice-presidente Michel Temer.
Durante sua fala, Janaína disse que precisava se defender e esclareceu que não tem nenhuma ligação com o PSDB, partido que defende o impeachment de Dilma. "A oposição abraçou o pedido só depois. E essa oposição do PSDB é fraca. Vejam pela minha personalidade se eu sou fraca."
Ela reconheceu que, após os protestos de 2013, teve vontade de escrever uma carta para Dilma para que ela não ouvisse mais os marqueteiros e disse que se sensibilizou quando a presidente contou ter tido vontade de ser bailarina. "Ela é uma mulher firme, de alma sensível, mas a bailarina se perdeu."
A advogada chegou a se emocionar ao defender a Constituição. "Quero que as criancinhas, os brasileirinhos, que eles acreditem que vale a pena lutar por esse livro sagrado, que o PT não assinou. Por isso que eles falam em golpe. Eles nunca reconheceram a Constituição."
Ao fim da sua fala, Janaína foi criticada por senadores governistas, que a acusaram de não ter explicado a denúncia propriamente. Para a senadora Fátima Bezerra (PT-RN), a advogada "viajou na maionese".
Diante de um placar de votos praticamente definido, senadores governistas e da oposição aproveitaram para trocar acusações e bater boca na sessão.
O governo tem apenas cinco votos dos 21 titulares da comissão, o que indica a aprovação no próximo dia 6 de um relatório a favor da abertura do processo de impeachment. A previsão é que o plenário se pronuncie no dia 11.
Até a 1h desta sexta, a sessão da comissão prosseguia, com pronunciamento dos senadores.

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