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Deputados decidem hoje sobre impeachment de Dilma

Vinte e quatro anos depois do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, ocorrido em 29 de setembro de 1992, o povo brasileiro volta a assistir idêntico processo: a possibilidade de afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), cujo relatório

Da Redação

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Será o primeiro posicionamento público da petista após aprovação do andamento do processo - Foto: Folhapress
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Será o primeiro posicionamento público da petista após aprovação do andamento do processo - Foto: Folhapress
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.04.2016, 07:18:00 Editado em 27.04.2020, 19:51:17
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Vinte e quatro anos depois do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, ocorrido em 29 de setembro de 1992, o povo brasileiro volta a assistir idêntico processo: a possibilidade de afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), cujo relatório começa a ser votado hoje, a partir das 14 horas, pela Câmara dos Deputados.

Em 1992, o que levou ao afastamento de Collor de Mello foram as desastradas medidas econômicas adotadas pelo governo para conter uma inflação que chegava a 1.700% ao ano. Uma dessas medidas foi o confisco das cadernetas de poupança por um período de 18 meses, estabelecido através de Medida Provisória.

O confisco não conteve a inflação e deixou o povo revoltado. Além disso, surgiram denúncias de corrupção no governo envolvendo Collor, sua esposa Rosane Collor e seu principal assessor Paulo César Farias.

Foi neste contexto que surgiram os “caras-pintadas”, movimento estudantil organizado pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES).

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Assim começaram grandes manifestações de protestos pelo País até culminar com o afastamento de Collor pelo Congresso, em setembro de 1992, assumindo interinamente o poder o vice Itamar Franco (PRN).

Enquanto o Senado ainda analisava o processo de impeachment, Collor renunciou ao mandato em 29 de dezembro de 1992 para não perder seus direitos políticos, embora não tenha conseguido. Hoje a presidente Dilma enfrenta idêntica situação.

Eleita em 2014 com mais de 50 milhões de votos, ela é acusada de tomar medidas econômicas insuportáveis pela população brasileira e cometer crime de responsabilidade ao fazer remanejamento de recursos do Orçamento da União sem aprovação do Congresso, as chamadas “pedaladas fiscais”.

Além disso seu governo está mergulhado em denúncias de corrupção, que estão sendo apuradas pela Justiça, e a presidente parece não ter mais comando do País, pois perdeu o apoio de muitos partidos aliados.

Enquanto isso, o País vive uma das mais greves crises econômicas dos últimos anos. Desde início do mandato a população tem ido às ruas para pedir seu impeachment. Hoje, a partir das 14 horas, a Câmara dos Deputados começa a votar o parecer do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), favorável ao impeachment da presidente, o qual foi aprovado pela Comissão Especial da Câmara.

342 VOTOS

Para que seja aprovado, o relatório precisa ter 342 votos favoráveis dos 513 deputados. A votação da Câmara é uma das etapas do processo de impeachment. Se aprovar o parecer, a Câmara está autorizando a instauração de processo contra a presidente da República. Caberá ao Senado processar e julgar a presidente. Se rejeitar, o caso não vai ao Senado – é arquivado.

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