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Ato pró-PT lota sindicato com mote "não vai ter golpe"; Lula chora

THAIS ARBEX, GIBA BERGAMIM JR. E GUSTAVO URIBE SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Militantes do PT lotaram a quadra do Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo, nesta sexta-feira (4) num ato em homenagem ao presidente Lula e contra as in

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.03.2016, 21:43:24 Editado em 27.04.2020, 19:52:25
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THAIS ARBEX, GIBA BERGAMIM JR. E GUSTAVO URIBE
SÃO PAULO, SP, E BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Militantes do PT lotaram a quadra do Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo, nesta sexta-feira (4) num ato em homenagem ao presidente Lula e contra as investigações da operação Lava-Jato.
Na parte final do ato, Lula foi recebido sob aplausos e gritaria. E chorou durante parte de seu discurso.
"Hoje é o dia da indignação para mim. Já sofri muito, fui preso quando era presidente do sindicato dos metalúrgicos, já perdi eleições. Em todas as vezes que sofri revés, me comportei como democrata", disse o ex-presidente, em meio a gritos de "olê, olá, Lula"
Lula disse ser vítima das elites e de manipulações midiáticas.
"No meu governo, os negros começaram a ser mais respeitados, a juventude da periferia também. As pessoas começaram a ter acesso à universidade. Os aposentados passaram a receber aumento real de salário, o salário mínimo aumentou e sei que isso incomodava as elites. Banqueiro ganhou no meu governo, mas os trabalhadores nunca ganharam como ganharam", afirmou.
O ex-presidente chorou nas ocasiões em que falou sobre a ascensão social de negros e pobres, de quando recebeu minorias no Palácio do Planalto e quando mencionou a eleição de Dilma. "Esse país não pode suportar uma mulher na Presidência. É uma pena que nossa consciência política não evoluiu e só 10% do parlamento é feminino."
Lideranças do PT, incluindo o presidente do partido Rui Falcão e o prefeito Fernando Haddad, participaram do evento.
"Nós estamos aqui disponíveis para garantir a integridade física do Lula. Marcharemos para qualquer lugar para proteger o ex-presidente. Escoltaremos Lula da próxima vez", afirmou sobre a ação coercitiva da Polícia Federal, para ser ovacionado pela militância.
A manifestação serviu para divulgar também atos nos próximos dias 8, 18 e 31 de março.
Espalhadas pela quadra havia dezenas de faixas em protesto contra a nova fase da Operação Lava Jato na qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os filhos dele foram levados à Polícia Federal para prestar depoimento. "1964 nunca mais", dizia um dos cartazes.
A plenária tinha como mote a frase "não vai ter golpe", como os petistas estão chamando a possibilidade de impeachment de Dilma. Nos discursos, todos falavam de Lula como "reserva moral em defesa do povo".
Até a noite desta sexta, estimativa de público feita pelo Sindicato dos Bancários era de 5.000 pessoas.
O primeiro a discursar foi o senador petista Lindbergh Farias, que foi um dos líderes do "Fora Collor", em 1992.
"Acordei no dia de hoje indignado com o que estavam fazendo com o presidente Lula. Concluí nesta tarde que eles deram um tiro no pé. Mexeram com nosso presidente Lula" disse Farias.
"Eles acenderam a nossa militância. Para a Lava-Jato, o PSDB é inatingível. Aécio Neves foi citado em três delações e não foi chamado para depor", disse Farias, que também fez vários ataques à Rede Globo.
"O que aconteceu hoje foi desnecessário. Colocar centenas de pessoas para escoltar um homem? Escoltaremos da próxima vez. Estamos disponíveis para proteger o presidente. Não foi um ataque ao presidente, mas ao cidadão Luiz Inácio Lula da Silva" disse o prefeito Haddad.
O movimento teve apoio de centrais sindicais, movimentos sociais de moradia, educação e lideranças de partidos da base de apoio da presidente Dilma Roussef.
Além do presidente municipal do PT, Paulo Fiorilo, compuseram a mesa partidos da base aliada como PC do B, Vagner Freitas, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Nivaldo Orlandi (PDT) e várias centrais de movimentos populares.
Fiorilo disse que haverá pelo menos dez plenárias para convocar a militância para "combater a tentativa de golpe".
"Querem ser governo, tentem em 2018. O tapetão deixa o Brasil nervoso. Botem a mão na consciência, golpistas. Não seremos derrotados com as mãos nos bolsos. Vamos fazer um processo democrático de combate ao golpismo", disse Vagner Freitas.
Karina Vitral, presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) acusou a mídia.
"Aqui está o povo que sabe muito bem o que está em jogo nessa delação premiada e na operação lava jato. Isso não é uma operação policial, é uma farsa midiática. Resistiremos nas ruas", disse Mitral.

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