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Associação de promotores apoia ação de colegas na 24ª fase da Lava Jato

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Associação Paulista do Ministério Público (APMP) divulgou nota na tarde desta sexta-feira (4) em apoio aos procuradores do Ministério Público Federal do Paraná envolvidos na 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Alethe

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 04.03.2016, 16:35:14 Editado em 27.04.2020, 19:52:27
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Associação Paulista do Ministério Público (APMP) divulgou nota na tarde desta sexta-feira (4) em apoio aos procuradores do Ministério Público Federal do Paraná envolvidos na 24ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Alethea e que apura se empreiteiras e o pecuarista José Carlos Bumlai favoreceram Lula por meio do sítio em Atibaia e o tríplex no Guarujá. O ex-presidente nega as acusações.
A entidade, que representa promotores e procuradores de Justiça do Estado de São Paulo, também prestou sua solidariedade aos juízes federais, delegados e agentes da Polícia Federal envolvidos na operação, que, segundo a nota, "possibilitaram que, mais uma vez, nosso poder de investigação pudesse ser exercido de forma republicana e impessoal, trazendo à sociedade brasileira a certeza de que a maturidade e independência das instituições brasileiras garantem ao seu povo a plena democracia".
Na nota, a associação lembra ainda que o Ministério Público do Estado de São Paulo já havia marcado para fevereiro uma oitiva do ex-presidente Lula e de sua mulher, Maria Letícia Lula da Silva, para investigar a negociação do tríplex no Guarujá. A audiência, no entanto, foi suspensa por decisão liminar pelo Conselho Nacional do Ministério Público.
Após a operação, Lula disse que a Polícia Federal ascendeu nele "a chama de que a luta continua" e que era só o juiz federal Sergio Moro mandar um ofício ou fazer um telefonema que ele compareceria para depor.
"Se juiz Moro quisesse me ouvir, era só ter mandado ofício. Eles ascenderam em mim a chama de que a luta continua", declarou durante coletiva na sede nacional do Partido dos Trabalhadores, na região central de São Paulo.
Apoiadores do ex-presidente também criticaram a ação. O presidente nacional do PT, Rui Falcão, classificou a operação como "política, midiática e policialesca".
A defesa de Lula apontou em manifestação ao STF que os procuradores da Lava Jato agiram com "desafio à autoridade" do Supremo ao realizar nova fase antes de o Supremo tomar uma decisão sobre a competência para investigar Lula. Os advogados questionam o fato dele ser alvo do Ministério Público de São Paulo e da força-tarefa da Lava Jato, que apuram se ele foi beneficiado por empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras.
Já a presidente Dilma Rousseff classificou como "desnecessária" a condução coercitiva do ex-presidente.

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Confira a nota na íntegra:
"NOTA PÚBLICA - 24ª Fase da Operação Lava Jato
A Associação Paulista do Ministério Público (APMP), entidade que representa mais de 3 mil promotores e procuradores de Justiça, da ativa e aposentados, do Estado de São Paulo, vem a público para externar o seu apoio aos nossos colegas Procuradores da República, do Ministério Público Federal do Paraná, pela atuação na Operação Lava Jato, que nesta sexta-feira (04/03) entra em sua 24ª fase, com a execução, durante todo o dia de hoje, de dezenas de mandados de busca e apreensão e conduções coercitivas para aprofundar a investigação sobre eventuais crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, oriundo de desvios da Petrobras. Entre os ouvidos está o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, além de pessoas a ele associadas.
Uma oitiva do ex-presidente e de sua esposa, Marisa Letícia Lula da Silva, já fora marcada para acontecer no Fórum da Barra Funda em 17/02/16, por membros do Ministério Público do Estado de São Paulo, que investigam a propriedade de um apartamento tríplex no Guarujá. Aquela audiência foi inicialmente suspensa por liminar concedida pelo Conselho Nacional do Ministério Público, decisão posteriormente revogada após intenso trabalho conjunto da APMP e da Associação Nacional de Membros do Ministério Público (CONAMP), com apoio de demais associações do Ministério Público brasileiro, dentre elas as associações estaduais de classe, a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) e Movimento do Ministério Público Democrático (MPD).
Nossa solidariedade se estende ainda aos Juízes Federais, Delegados e Agentes da Polícia Federal envolvidos na operação, que possibilitaram que, mais uma vez, nosso poder de investigação pudesse ser exercido de forma republicana e impessoal, trazendo à sociedade brasileira a certeza de que a maturidade e independência das instituições brasileiras garantem ao seu povo a plena democracia.
Diretoria da Associação Paulista do Ministério Público"

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