DANIELA LIMA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Ex-secretário de governo de Geraldo Alckmin e hoje coordenador da pré-campanha de João Doria, Júlio Semeghini nega que tenha havido irregularidade no transporte de eleitores no dia das prévias. Como revelou a Folha de S.Paulo, um dos apoiadores de Doria reconheceu em um boletim de ocorrência que estava "levando e trazendo" militantes para os locais de votação.
Segundo Semeghini, um acordo prévio realizado entre os três pré-candidatos do PSDB à Prefeitura de São Paulo permitiu que fosse feita tanto publicidade no dia das votações como o transporte de militantes. Questionado se o apoiador que confirmou o caso à polícia havia recebido dinheiro para fazer o transporte, disse não saber responder.
Procurado para comentar o caso, Andrea Matarazzo, que disputa o segundo turno das prévias contra Doria, negou por meio de sua assessoria de imprensa qualquer acerto sobre o transporte de eleitores.
"Não houve decisão nesse sentido e, se houve, não fomos informados. Além disso, nenhum acordo se sobrepõe à lei, que proíbe expressamente esse tipo de prática", afirmou.
Doria, afilhado de Alckmin na disputa, é acusado de abuso de poder econômico nas prévias e de compra de votos.
"O transporte de eleitores está previsto no acordo e foi liberado. Nós fizemos até de forma tímida, poderíamos ter nos organizado mais", disse. Ele afirmou que o advogado do partido formalizou a liberação em carta enviada ao presidente municipal da sigla, Mário Covas Neto.
Semeghini reconheceu que "algumas pessoas receberam para ajudar na campanha", mas disse não saber se era o caso do militante citado no B.O. "Os que trabalham comigo não receberam, porque eu não quis", ressaltou.
Escrito por Da Redação
Publicado em 02.03.2016, 20:01:54 Editado em 27.04.2020, 19:52:32
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