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Contrariando Dilma, PT vai apoiar projeto que eleva gasto com saúde

RANIER BRAGON BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A bancada de deputados federais do PT decidiu em reunião nesta quarta-feira (2) apoiar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) em tramitação na Câmara que pode resultar em um aumento dos gastos federais com saú

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.03.2016, 19:22:03 Editado em 27.04.2020, 19:52:32
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RANIER BRAGON
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A bancada de deputados federais do PT decidiu em reunião nesta quarta-feira (2) apoiar a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) em tramitação na Câmara que pode resultar em um aumento dos gastos federais com saúde em mais de R$ 140 bilhões nos próximos sete anos.
O apoio do partido à PEC -que deve ir a votação no plenário da Câmara na noite desta quarta- abre mais uma linha de atrito entre o partido e a presidente Dilma Rousseff, que em seu segundo mandato tem tentado aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso.
Histórico apoiador do aumento de investimentos na saúde, o PT se chocou com as posições do Planalto, nos últimos tempos, em relação à proposta de reforma da Previdência (Dilma a classifica como prioritária, o partido não) e a mudanças nas regras de exploração do pré-sal (Dilma aceita discutir alterações, o PT quer manter o modelo atual).
"Vamos apoiar a PEC, mas com críticas. Tem que ter a fonte de financiamento disso. Governo e Congresso têm que achar, durante a tramitação, uma fonte de financiamento, que pode ser a CPMF", disse o deputado Carlos Zarattini (PT-SP). "A PEC vai ser votada ainda em segundo turno, vai pro Senado, volta pra cá. Nesse tempo temos espaço para dialogar com o governo uma proposta mais consistente", reforçou Zé Geraldo (PT-PA).
IMPACTO
A PEC foi desengavetada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), adversário do governo.
Ela determina um crescimento escalonado dos gastos mínimos obrigatórios em saúde dos cerca de 13% da receita corrente líquida para 19,4% em 2022. A aplicação subiria para para 15% em 2017, 16% em 2018, 17% em 2019, 18% em 2020, 18,7% em 2021 e 19,4% em 2022.
De acordo com a Consultoria de Orçamento da Câmara dos Deputados, a entrada em vigor da medida elevaria os gastos federais com saúde em 13,7 bilhões em 2017, chegando a mais de R$ 140 bilhões em 2022.
Para passar na Câmara, o texto tem que ter pelo menos 308 dos 513 votos, em dois turnos. Ela tem que ser aprovada também pelo Senado para ser promulgada.

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