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Novo ministro foi o menos votado em lista para Ministério Público da Bahia

AGUIRRE TALENTO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Atual número 3 do Ministério Público da Bahia e nomeado nesta segunda-feira (29) pela presidente Dilma Rousseff para o lugar o José Eduardo Cardozo no Ministério da Justiça, o ex-procurador geral de Justiça da

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 29.02.2016, 17:58:06 Editado em 27.04.2020, 19:52:36
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AGUIRRE TALENTO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Atual número 3 do Ministério Público da Bahia e nomeado nesta segunda-feira (29) pela presidente Dilma Rousseff para o lugar o José Eduardo Cardozo no Ministério da Justiça, o ex-procurador geral de Justiça da Bahia Wellington César Lima e Silva foi o menos votado na lista tríplice dos candidatos ao cargo em 2010.
As mudanças -Cardozo vai para a AGU (Advogacia-Geral da União), no lugar de Luís Inácio Adams- foram antecipadas pela Folha de S.Paulo.
Apesar de ter ficado em terceiro lugar, com 140 votos -atrás da promotora Norma Cavalcanti (287 votos) e do promotor Olímpio Coelho Júnior (229)-, Wellington foi alçado à chefia do Ministério Público baiano em 2010 por uma escolha do então governador petista Jaques Wagner.
Isso porque a legislação determina que a lista tríplice seja formada por eleição dos membros e enviada ao chefe do Executivo, a quem cabe fazer a nomeação.
Embora dentro da lei, o fato de Wagner ter escolhido o terceiro colocado provocou protestos da categoria. À época, a Conamp (Associação Nacional dos Membros do Ministério Público) enviou ofício ao governador defendendo a nomeação da mais votada, Norma Cavalcanti, mas o governador preferiu fazer outra escolha.
Wellington ingressou no Ministério Público da Bahia em 1991, tendo atuado em comarcas do interior até 1995, quando foi promovido para Salvador.
Ele exerceu o cargo de procurador-geral de Justiça da Bahia por duas gestões, tendo sido reeleito em 2012, desta vez encabeçando a lista tríplice com 341 votos. Depois de deixar o comando, atualmente exerce o cargo de procurador-geral de Justiça adjunto para assuntos jurídicos, o terceiro na hierarquia do órgão.
PRESSÕES
Cardozo decidiu deixar o cargo depois que a pressão sobre ele, vinda do PT e de partidos da base do governo, chegou a limites "intoleráveis", segundo revelam amigos próximos.
A nomeação de César já era estudada pelo governo federal desde o fim do ano passado. Com a possibilidade da saída de Cardozo, que já havia pedido para deixar a pasta mais de uma vez, o atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, articulava a nomeação do aliado político para o posto.
O nome de César foi sugerido em janeiro por Wagner a Dilma e tinha o apoio do atual ministro da Justiça, que o defendeu como uma possibilidade para substituí-lo.
Segundo a reportagem apurou, pesou na decisão da petista o bom trânsito de César junto a ministros do STF (Superior Tribunal Federal) e o fato dele ser um nome de fora do meio político, o que o tornaria menos suscetível a pressões para segurar as investigações da Operação Lava Jato.
Ao mesmo tempo, a nomeação de um aliado político de Wagner também teve como objetivo acalmar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vinha acusando nos bastidores Cardozo de não controlar a Polícia Federal.
Mesmo que a saída do cargo tenha colocado em risco a permanência de Leandro Daiello à frente da direção-geral da Polícia Federal, ele permanecerá no cargo da PF.
A posse dos novos ministros deve ocorrer na quinta-feira (3).

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