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Lula se defende de acusações e diz que terá sigilos quebrados

 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso na festa de aniversário de 36 anos do PT neste sábado (27/02) no Rio para fazer sua primeira defesa pública sobre as suspeitas de ter sido favorecido por empreiteiras em imóveis no interior e no

Da Redação

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Afirmações foram feitas ontem durante festa de aniversário do PT (Foto:Mauro Pimente/Folha de São Paulo)
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Afirmações foram feitas ontem durante festa de aniversário do PT (Foto:Mauro Pimente/Folha de São Paulo)
Escrito por Da Redação
Publicado em 28.02.2016, 00:59:00 Editado em 27.04.2020, 19:52:38
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 O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou seu discurso na festa de aniversário de 36 anos do PT neste sábado (27/02) no Rio para fazer sua primeira defesa pública sobre as suspeitas de ter sido favorecido por empreiteiras em imóveis no interior e no litoral de São Paulo. 

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O petista tentou se desvincular das duas propriedades investigadas e atacou o Ministério Público e a Polícia Federal. 


Pela primeira vez, o petista disse publicamente ter recebido o sítio em Atibaia de presente por iniciativa de seu amigo Jacob Bittar, fundador do PT, e de "outros companheiros".

"Ele inventou de comprar uma chácara para que eu pudesse utilizar quando eu deixasse a Presidência. Fizeram uma surpresa pra mim até o dia 15 de janeiro [de 2011]", afirmou. "A chácara não é minha", acrescentou.

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Em relação ao tríplex no Guarujá, no litoral paulista, em que há suspeitas de que Lula foi favorecido pela OAS, o petista disse não ter relação com a propriedade.


"Eu digo que não tenho o apartamento. A empresa diz que não é meu. E um cidadão do Ministério Público, obedecendo ipsis literis o jornal 'O Globo' e a 'Rede Globo', costuma dizer que o tríplex é meu", apontou, depois de ironizar o imóvel como "tríplex do Minha Casa Minha Vida, de 200 metros quadrados".


Lula afirmou que parte do Ministério Público se subordina à imprensa e afirmou que "as pessoas que se subordinam dessa forma não merecem o cargo que estão no país, concursadas para fazer justiça, para investigar".

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O ex-presidente disse ainda ter recebido a informação de que terá seus sigilos bancário, telefônico e fiscal quebrados, mas não especificou o que motivou a ordem.


"Se esse for o preço que a gente tem que pagar para provar a inocência, eu faço", declarou. "Só quero que depois me deem um atestado de idoneidade."


Conclamando os militantes a não "baixar a cabeça", Lula disse que os petistas "não podem levar desaforo para casa toda vez que falarem merda da gente".

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O ex-presidente disse ainda que acabou sua fase "Lulinha paz e amor", expressão cunhada na campanha de 2002, diante da mudança de perfil em relação às eleições anteriores.


O petista saiu em defesa da sucessora, a presidente Dilma Rousseff, que, em um dos momentos de maior tensão com o PT, não compareceu à festa, mas apontou que ela tem que ter certeza de que o PT é "o lado dela".

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"Por mais que possamos ter divergências com qualquer pessoa do governo, esse governo é nosso e temos responsabilidade de fazer dar certo. A gente tem que ter claro e a Dilma tem que ter certeza é que o lado dela é esse, e ela precisa de nós para sobreviver aos ataques que vem sofrendo no Congresso."


CARTA


Em viagem ao Chile, Dilma justificou a ausência dizendo que o país é grande parceiro brasileiro, mas mandou uma carta, lida pelo presidente da sigla, Rui Falcão.

Na mensagem, a presidente fez uma defesa do partido e de Lula e disse que os ataques a seu governo não a "farão recuar".


O texto, um aceno ao partido no momento de maior distanciamento entre ela e o PT, não foi bem recebido pela cúpula da sigla, insatisfeita com a ausência da presidente nas festividades e com a agenda econômica colocada pelo Planalto com defesa de temas que contrariam bandeiras históricas da sigla, como a reforma da Previdência.


A leitura da carta foi acompanhada por gritos de "não vai ter golpe". Antes do discurso de Lula, foi exibido um vídeo com imagens do ex-presidente cercado por eleitores.

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