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Funcionária da Odebrecht diz à PF que 'acarajé' era porção de aperitivo

LEANDRO COLON, RUBENS VALENTE E AGUIRRE TALENTO BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Uma funcionária da empreiteira Odebrecht presa na Operação Acarajé afirmou à Polícia Federal que a expressão "acarajé" não era propina, mas porções da comida baiana enviadas de S

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 26.02.2016, 16:12:27 Editado em 27.04.2020, 19:52:40
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LEANDRO COLON, RUBENS VALENTE E AGUIRRE TALENTO
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Uma funcionária da empreiteira Odebrecht presa na Operação Acarajé afirmou à Polícia Federal que a expressão "acarajé" não era propina, mas porções da comida baiana enviadas de Salvador para o Rio.
Para a PF, "acarajé" seria a palavra usada dentro da empreiteira para disfarçar pagamentos ao marqueteiro João Santana, preso desde segunda-feira (22) pela mesma operação, a 23ª fase da Lava Jato.
Em depoimento à polícia, a funcionária Maria Lúcia Tavares afirmou que a menção a "acarajés" em e-mails trocados com Hilberto Mascarenhas e Roberto Prisco Ramos, ambos ligados também à Odebrecht, refere-se a "porções de acarajé para entrega no Rio de Janeiro/RJ em um escritório". "Que as baianas em Salvador vendem pequenas porções para aperitivos, em caixa, e então cabia à declarante providenciar essas entregas a pedido de Hilberto, no local onde ele indicasse", diz termo do depoimento da funcionária.
No dia 27 de janeiro de 2014, Ramos enviou um e-mail a Hilberto: "Tio Bel, Você consegue me fazer chegar mais 50 acarajés na 4ª feira a tarde (por volta das 15hs) no escritório da OOG, no Rio?". "Ok programado seus acarajés chegaram quentinhos", responde Hilberto. Meses antes, em 29 de outubro de 2013, Ramos diz a Hilberto que vai a São Paulo e pretende "trazer uns 50 acarajés dos 500 que tenho com você". "Ou posso comprar aqui mesmo, no Rio? Tem alguma baiana de confiança, aqui?", pergunta Ramos. Outros e-mails com a menção a "acarajés" também foram obtidos pela investigação e anexados em relatório tornado público nos autos da Operação Acarajé, na Justiça Federal no Paraná.
Na análise da polícia, esses e-mails "desmontam, de pronto, a plausibilidade da versão sustentada por Maria Lucia". A PF diz ainda que a funcionária gerenciava a contabilidade paralela da empreiteira, inclusive para os pagamentos a João Santana. Em uma agenda apreendida na casa dela há a menção "Feira" ao lado de Mônica Moura, mulher do marqueteiro e que também foi presa na operação. "Feira', diz a PF, seria Santana. Essa mesma anotação, de acordo com a PF, cita números de telefones vinculados ao casal.

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