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Marqueteiro do PT se afastou de Lula após se aproximar de Dilma

MARINA DIAS E JOÃO PEDRO PITOMBO BRASÍLIA, DF, E SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - Nos últimos meses, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava irritado com João Santana. Reclamava a aliados que o marqueteiro baiano priorizava campanhas eleitorais fora

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 22.02.2016, 14:18:02 Editado em 27.04.2020, 19:52:47
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MARINA DIAS E JOÃO PEDRO PITOMBO
BRASÍLIA, DF, E SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - Nos últimos meses, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava irritado com João Santana. Reclamava a aliados que o marqueteiro baiano priorizava campanhas eleitorais fora do Brasil no momento em que o PT e o governo da presidente Dilma Rousseff enfrentavam sua crise mais aguda.
Chegou a pedir à cúpula do partido que encontrasse outro nome para substituir, pelo menos na produção das propagandas do PT, o marqueteiro responsável por sua reeleição, em 2006, e pelas duas campanhas vitoriosas de Dilma, em 2010 e 2014.
Nos bastidores, Lula reclamava que João Santana estava "cobrando muito caro" para quem não se dedicava integralmente ao projeto. Para as últimas inserções do PT no rádio e TV, por exemplo, o marqueteiro indicou um homem de sua confiança, Maurício Carvalho, para tocar as peças. Fez apenas a supervisão do trabalho.
Desde que reelegeu Dilma em 2010, Santana comandou as campanhas de Danilo Medina (República Dominicana, em 2012), José Eduardo dos Santos (Angola, 2012), Hugo Chávez/Nicolás Maduro (Venezuela, 2012) e José Domingo Arias (Panamá, 2014). Perdeu somente a última.
O publicitário recebeu a notícia por advogados nesta segunda-feira (22) de que sua prisão temporária, expedida na 23ª fase da Operação Lava Jato, intitulada "Acarajé", havia sido decreta e que havia mandado de busca e apreensão em todos os seus imóveis no Brasil. Ele e sua mulher e sócia, Mônica Moura, estão na República Dominicana, onde trabalham na campanha para a reeleição de Medina. Sua defesa ainda discute que dia e hora voltarão ao Brasil.
Na campanha de Marta Suplicy (PT) para a Prefeitura de São Paulo, em 2008, Santana se envolveu em polêmica ao elaborar um comercial que questionava a vida pessoal do adversário, Gilberto Kassab, então candidato do DEM. Na campanha, um locutor disse que o leitor deveria saber se Kassab era casado e se tinha filhos.
'VULCÃO E RAIO LASER'
Aliados do ex-presidente dizem que o publicitário nascido em Tucano (BA) foi se afastando de Lula e do PT a partir do momento em que se tornou um dos principais conselheiros de Dilma Rousseff. "Lula é vulcão e Dilma é raio laser", dizia Santana sobre criador e criatura.
Mas até mesmo da presidente ele tem estado mais distante. As últimas gravações de Dilma para TV e internet foram gravadas pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação), não pela equipe de Santana.
Durante o primeiro mandato de Dilma, ele era o único quadro não-político que fazia parte do restrito núcleo de conselheiros a quem a presidente escutava.
O publicitário, de 63 anos, se casou pela sétima vez há mais de 15 anos com Mônica Regina Cunha Moura, seu braço direito e sócia na Polis Propaganda e Marketing.
Quem conhece o casal, diz que Mônica trata de todas as questões práticas da vida deles e da empresa. De personalidade forte, é ela quem faz o contato com a maior parte dos fornecedores, empregados e até com a imprensa quando jornalistas querem falar com o marido, avesso a entrevistas.

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