DÉBORA ÁLVARES E RANIER BRAGON
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O dia da eleição da liderança do PMDB da Câmara teve uma série de protestos de grupos simpáticos aos dois candidatos que disputam o cargo -o atual líder, Leonardo Picciani (RJ), foi reconduzido ao cargo, derrotando Hugo Motta (PB).
O episódio representa tanto uma derrota do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que defendia Motta, como uma vitória do Palácio do Planalto, que apoia Picciani.
Enquanto ocorria a eleição, fechada à imprensa, do lado de fora faixas, gritos e tambores davam o tom. A segurança chegou a ser reforçada.
Já na porta da sala onde ocorria a reunião, o plenário 1 do corredor de comissões, um pequeno grupo com máscaras do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da zika, chegou a tentar entrar na sala onde ocorre a escolha do novo líder do PMDB, mas foi retirado por seguranças.
Um caminhão de som do lado de fora, no acesso mais próximo, tocava uma música contra Picciani, acusando-o de ter se vendido ao PT e apoiar o governo da presidente Dilma Rousseff. Na frente do veículo, há uma faixa com fotos de deputado beijando a presidente no rosto.
Também nesse mesmo acesso, cerca de 100 pessoas gritavam "fora, Cunha" e palavras de ordem que podiam ser ouvidas da porta onde ocorre a votação. Apesar de alguns vestirem camisa da CUT (Central Única dos Trabalhadores), negam fazer parte de movimentos sociais.
Escrito por Da Redação
Publicado em 17.02.2016, 18:06:15 Editado em 27.04.2020, 19:52:53
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