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Ministro da Saúde vai deixar cargo para ajudar Picciani na Câmara

DÉBORA ÁLVARES E GUSTAVO URIBE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Saúde, Marcelo Castro, decidiu pedir exoneração do cargo para assumir o mandato de deputado federal e ajudar a reeleger o atual líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picci

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 16.02.2016, 21:22:53 Editado em 27.04.2020, 19:52:55
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DÉBORA ÁLVARES E GUSTAVO URIBE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O ministro da Saúde, Marcelo Castro, decidiu pedir exoneração do cargo para assumir o mandato de deputado federal e ajudar a reeleger o atual líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), aliado do Palácio do Planalto. A informação é de assessores e auxiliares que conversaram com o ministro na noite desta terça-feira (16).
A ideia inicial era que o peemedebista pedisse exoneração ainda nesta terça-feira (16). Ele, no entanto, decidiu participar, ainda no cargo de ministro, de seminário sobre o vírus da zika na manhã desta quarta-feira (17). Assim, sua saída deve ser publicada em edição extra do Diário Oficial da União.
Na manhã desta terça-feira (16), o peemedebista chegou a manifestar incerteza de deixar o cargo ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. Na conversa, ele disse que se sentia "um pouco desconfortável" de sair em meio a um surto de microcefalia no país. No final do dia, no entanto, decidiu participar da disputa interna.
A presidente Dilma Rousseff autorizou nesta segunda-feira (15) seu ministro a deixar o cargo. A avaliação do Palácio do Planalto é de que é melhor enfrentar críticas momentâneas à exoneração do ministro, devido à epidemia de microcefalia no país, do que correr o risco de vitória Hugo Motta (PMDB-PB), aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Para evitar se indispor com Motta caso ele seja o vencedor, o Palácio do Planalto adotou o discurso de que a decisão do ministro participar da eleição interna é "pessoal" e, portanto, sem interferência do governo federal. Segundo relatos, o ministro Edinho Silva (Comunicação Social) chegou entrar no circuito para acalmar Motta, que nos bastidores vem ameaçando retaliação.
Apesar de trabalhar pela vitória de Picciani, o governo federal avalia que há um "risco real" de vitória de Motta, uma vez que a votação secreta pode estimular traições de última hora. Por isso, que a garantia do voto de Castro é considerada estratégica.
A eleição desta quarta-feira (17), que é secreta, escolherá o responsável por indicar os integrantes do PMDB para a comissão que analisará o impeachment de Dilma, além do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a principal da Casa, entre outras atribuições.
Cunha se empenhou pessoalmente, ligando para deputados em busca de votos para Motta. Uma derrota de seu candidato hoje tem o potencial de enfraquecer o movimento pró-impeachment, além de reforçar a pressão por sua saída do cargo.
O presidente da Câmara é acusado de envolvimento no esquema de desvios da Petrobras e tem um pedido de afastamento do cargo em análise no Supremo Tribunal Federal.
Para o governo, a vitória de Picciani é importante para evitar o impeachment de Dilma e garantir a provação de medidas do ajuste fiscal.

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