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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A defesa do ex-ministro Antonio Palocci apresentou um recurso ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar, pela segunda vez, anular as delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do lobista Fernando Baiano na Operação Lava Jato.
No pedido, que inicialmente já havia sido negado, os advogados José Roberto Batochio e Guilherme Octávio Batochio voltam a argumentar que Youssef e Baiano mentiram ao citar Palocci em suas delações, porque as citações foram desmentidas por outras testemunhas.
Em sua delação, Baiano afirmou que esteve em uma reunião com Palocci em Brasília na época da campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2010, na qual esteve acompanhado do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e, segundo o lobista, houve um pedido de recursos.
Já Youssef disse que fez uma entrega de R$ 2 milhões em São Paulo que poderia ter sido ao assessor de Palocci chamado Charles Capella.
Posteriormente, Youssef não reconheceu pessoalmente Capella como sendo o recebedor do dinheiro e o próprio também negou que tenha encontrado com o doleiro. Já o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa nega que tenha ido à reunião com Baiano e Palocci em Brasília.
Em sua decisão sobre o pedido da defesa de Palocci, porém, o ministro do STF Teori Zavascki afirmou que o acordo de colaboração não poderia ser impugnado por terceiros acusados na delação. Disse apenas que poderão confrontar em juízo as declarações.
Para rebater, os advogados dizem que não estão pleiteando em nome próprio o cancelamento das delações, mas sim que estão provocando o Supremo a analisar o assunto. "Colocou à ciência da corte a existência material e comprovada de mentiras usadas para se lograrem benefícios penais", escreveram.
Escrito por Da Redação
Publicado em 03.02.2016, 18:20:44 Editado em 27.04.2020, 19:53:13
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