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Sob protestos, Pezão anuncia projeto para conter crise financeira no Rio

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Sob protestos, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), abriu o ano legislativo na Alerj (Assembléia Legislativa do Rio) nesta terça (2) apresentando um polêmico pacote de medidas de austeridade para conter a cris

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 02.02.2016, 19:36:54 Editado em 27.04.2020, 19:53:14
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Sob protestos, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), abriu o ano legislativo na Alerj (Assembléia Legislativa do Rio) nesta terça (2) apresentando um polêmico pacote de medidas de austeridade para conter a crise financeira no Rio.
Segundo o governador, o déficit do Estado neste ano será de R$ 20 bilhões.
Durante o pronunciamento do governador, parlamentares da oposição ergueram placas cobrando investimento em educação e saúde e apontando gastos do governo, por exemplo, a renúncia fiscal de R$ 7 bilhões.
Do lado de fora, sindicatos de servidores do judiciário, o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais do Rio de Janeiro) e outras categorias protestavam.
O projeto inclui, na previdência, elevação da contribuição dos servidores estaduais de 11% para 14%.
Já o Estado aumentaria sua participação de 22% para 28%.
Em breve entrevista após fazer um pronunciamento a parlamentares, Pezão defendeu a medida.
"A questão das aposentadorias especiais tem que ser enfrentada. Não é possível que 250 mil aposentadorias consumam o mesmo volume de recursos que a saúde e a educação", afirmou.
"Crise não é culpa das aposentadorias, mas de má gestão financeira. O governador quer aumentar a contribuição dos servidores, mas permitiu renúncia fiscal, gastou com os Jogos Olímpicos, fez reforma no Palácio Guanabara... Olhando o todo você vê as prioridades do governo", disse a diretora do Sepe.
Pezão também quer cotizar o Rioprevidência para sanar déficit previdenciário.
PASSAGEM
As medidas do pacote também incluem cortes de subsídios a concessionárias que prestam serviços públicos, inclusive de transporte.
"O Estado não tem como arcar com novos subsídios. Tem que sair do custo da passagem. Não dá para o Estado arcar com tudo. Já temos gratuidades para os estudantes. Outros Estados, como São Paulo, só arcam com 20%. Temos diversos benefícios que não é mais possível o Estado pagar, principalmente neste momento em que temos que pagar o funcionalismo", disse o governador.
Pezão negou que o Estado fará cortes a subsídios, mas não os renovará.
Se todas as medidas forem implementadas neste ano, gerarão economia de R$ 13, 5 bilhões, mas Pezão demonstrou pessimismo em relação a isso.
"Eu não tenho a utopia de que vamos sanar todos os problemas este ano. São muitos ajustes a serem feitos e a Alerj é que vai determinar quantos tempo os poderes terão para se ajustar", disse o governador em breve entrevista após seu pronunciamento para os deputados.
POLICIAMENTO
O governador também comentou que a Polícia Militar pode ter dificuldade de patrulhar as ruas durante o Carnaval devido ao baixo efetivo. "Ter 300 blocos, 2,5 milhões de pessoas na praia e jogos de futebol acontecendo ao mesmo tempo... Não temos polícia para isso tudo. Só peço uma racionalização dos eventos, principalmente jogos. Faço um apelo. Se colocarmos todos os 49 mil PMs na rua não dá pra cobrir quase 6 milhões de pessoas", afirmou o governador.

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