O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), disse nesta terça-feira (2) que é “normal” que ele seja investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre os desvios na Receita Estadual do Paraná. “Para mim não tem novidade nenhuma, é um assunto mais do que requentado. É a rotina normal, o procedimento”, disse Richa ao jornal Gazeta do Povo. “Não tive acesso ainda a esses inquéritos, mas estou absolutamente tranquilo em relação a isso. Não tenho o que temer, confio na Justiça”, pontuou o governador.
O tucano atribuiu a investigação da PGR a uma perseguição política. “Se você for ver meu histórico de vida eu nunca tive ações como estou tendo agora, porque as coisas mudaram. Existe hoje a tentativa de investigar todos os gestores públicos. Em algumas situações há o ingrediente político, para fazer o contraponto de todas as investigações, escândalos, denúncias em relação ao governo federal”, criticou ele, que negou que dinheiro desviado das escolas estaduais ou da Receita Estadual. tenham abastecido sua campanha eleitoral.
Operação Publicano
Iniciada em dezembro do ano passado, a operação resultou na prisão de 40 auditores fiscais do Paraná, suspeitos de cobrar propinas milionárias de empresários em troca de anulação de dívidas com o Estado.
Segundo a investigação do Ministério Público Estadual, a quadrilha atuava havia três décadas e faturava em média R$ 50 milhões por ano em propinas. Estão sendo apuradas cobranças realizadas entre 2008 e 2014, que não foram contempladas em fases anteriores.
Os auditores investigados são alvo de um processo administrativo na Receita Estadual, que já emitiu R$ 750 milhões em multas por impostos que deixaram de ser pagos com o esquema. Procurada, a assessoria do governador não se manifestou até as 12h30.
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