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Filho de deputado morto confirma que procurou Cunha após falar à Lava Jato

MÁRCIO FALCÃO, RUBENS VALENTE E GABRIEL MASCARENHAS BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Apontado por um lobista preso na Operação Lava Jato como responsável por indicar depósito de 1,3 milhão de francos suíços para o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Felipe Dini

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 21.01.2016, 16:33:53 Editado em 27.04.2020, 19:53:31
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MÁRCIO FALCÃO, RUBENS VALENTE E GABRIEL MASCARENHAS
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Apontado por um lobista preso na Operação Lava Jato como responsável por indicar depósito de 1,3 milhão de francos suíços para o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Felipe Diniz -filho do deputado Fernando Diniz (PMDB), morto em 2009- confirmou à PGR (Procuradoria-Geral da República) que procurou o presidente da Câmara após prestar depoimento aos investigadores no esquema de corrupção da Petrobras.
Ao ser ouvido pela segunda vez pelos investigadores, em dezembro, Felipe Diniz disse que acabou expulso pelo deputado da residência oficial da Câmara, sem conseguir conversar.
O motivo da visita, explicou aos procuradores, seria uma disputa judicial pela pensão de seu pai, que seria aliado de Cunha.
"Que o declarante reitera que foi até o local apenas para tratar deste tema relacionado à suposta companheira de seu genitor e para entender como se daria o cumprimento da decisão judicial", disse.
Segundo Felipe Diniz, Cunha fez um alerta de que não seria bom ser vistos juntos. "Que Eduardo Cunha se encontrava sozinho na sala e viu o declarante e então questionou por qual motivo havia ido sem avisar, que o declarante sequer chegou a entrar na residência, pois Eduardo Cunha disse que seria prejudicial se vissem ambos juntos, pois haveria interpretações variadas."
Ele negou ter sofrido qualquer pressão após seu depoimento. "Não foi ameaçado e tampouco sofreu qualquer tipo de pressão em razão do depoimento prestado".
A tentativa da visita ocorreu logo após depoimento prestado aos procuradores em outubro, no inquérito que investiga se contas do presidente da Câmara e de familiares no exterior foram abastecidas com propina de contratos da Petrobras na África.
Em sua fala, Felipe Diniz afirmou que desconhecia a existência de contas no exterior atribuídas ao presidente da Câmara e negou que tenha ordenado o pagamento. Ele também disse desconhecer existência de empréstimo fechado por seu pai com Cunha.
O presidente da Câmara afirmou que tinha uma "suposição" de que as transferências foram pagamento de um empréstimo feito a Fernando Diniz, mas que nunca cobrou ao filho dele sobre a dívida. O lobista João Augusto Rezende Henriques, apontado como operador ligado ao PMDB, havia dito à Polícia Federal que fez os pagamentos a pedido de Felipe Diniz.
Felipe Diniz afirmou que seu interesse com Cunha é discutir o pagamento da pensão pela Câmara, sendo que uma namorada de seu pai, chamada Susan, receberia 50% do valor e seu irmão, que é incapaz, outros 50%. Ele disse que o Supremo já entendeu que Susan deveria perder o benefício e que seu intuito era discutir com Cunha o cumprimento da decisão da Justiça.
Ele disse que buscou Cunha sem pedir a reunião e que "preferiu ir à residência oficial e não ao Congresso porque seria mais fácil encontrá-lo sem prévia agenda".

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