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Hugo Motta lança candidatura a líder do PMDB e nega já ter apoio de Cunha

DÉBORA ÁLVARES BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O deputado Hugo Motta (PB) confirmou nesta quarta-feira (20) sua candidatura para a liderança do PMDB na Câmara. Ele é o terceiro que concorrerá ao cargo, juntando-se ao atual líder, Leonardo Picciani (RJ), e ao

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.01.2016, 20:27:14 Editado em 27.04.2020, 19:53:32
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DÉBORA ÁLVARES
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - O deputado Hugo Motta (PB) confirmou nesta quarta-feira (20) sua candidatura para a liderança do PMDB na Câmara. Ele é o terceiro que concorrerá ao cargo, juntando-se ao atual líder, Leonardo Picciani (RJ), e ao deputado Leonardo Quintão (MG).
Motta negou já contar com o apoio do presidente da Casa, Eduardo Cunha (RJ). Nos bastidores, contudo, sua candidatura foi costurada justamente por Cunha, como forma de enfraquecer Picciani, de quem o presidente da Casa se tornou desafeto ao se aproximar do Palácio do Planalto.
"Qualquer um que se lançasse hoje seria o candidato do Cunha. Vou ganhar a eleição com esse carimbo ou sem", afirmou o deputado. Na terça (19), Cunha tomou a frente das negociações, manteve uma série de reuniões com aliados e chegou a pedir apoio do vice-presidente da República, Michel Temer, para derrotar Picciani.
Segundo Motta, o presidente da Casa é um deputado comum de quem ele buscará o voto. "Essa situação de ser líder de A, B ou C, não passa de falsas ilações. O que eu quero é o voto dos deputados para ganhar e Cunha é eleitor."
Ao começar a atuar diretamente nas articulações, Cunha viu em Motta um nome que poderia tirar de Picciani votos que não iriam para Quintão devido a seus posicionamentos anteriores. O deputado por Minas Gerais chegou a defender publicamente em momentos do ano passado o impeachment da presidente Dilma Rousseff, sendo chamado entre os correligionários de "candidato do impeachment".
Embora concorram ao mesmo cargo, já existe um acordo velado entre Hugo Motta e Leonardo Quintão de se apoiarem em um segundo turno. Ambos concordam que, embora Picciani esteja enfraquecido e avaliem que ele tenha "desunido" a bancada, o deputado pelo Rio de Janeiro terá votos suficientes para chegar ao segundo turno. Trabalharão agora para saber quem será o concorrente dele.
"Lógico que não há uma transferência de 100% dos votos, mas é normal que os que votaram em um, votem no outro. É por isso que estamos trabalhando. A ordem é derrotar Picciani", afirmou um peemedebista.
Assim como fez ao tratar de Cunha, Hugo Motta evitou polemizar sobre os demais temas que devem predominar na Câmara no primeiro semestre deste ano. Afirmou ser contrário ao impeachment de Dilma, mas destacou que, caso eleito, irá ponderar entre todas as vertentes da bancada para nomear os integrantes da comissão especial que vai julgar o caso.
"Meu posicionamento pessoal, sempre me coloquei contra processo de impeachment. Sendo eleito, a posição pessoal deixa de existir, passa a ser a de líder de uma bancada".
Ele condenou a interferência de atores externos na disputa pela liderança na Casa. Para garantir a eleição de Picciani, o Palácio do Planalto sondou o deputado Mauro Lopes (MG) para a SAC (Secretaria de Aviação Civil).
"O Planalto tem o direito, e na minha avaliação, se assim o fizer estará errado, de apoiar uma candidatura. Mas, com isso, ele fecha portas para outras que podem vir a vencer a eleição, e eu entendo que esses atores devem ficar fora do processo. Assim como não cabe à cúpula do meu partido participar diretamente da disputa, também não cabe ao governo interferir", avaliou.
Motta também defendeu sua candidatura afirmando ser o candidato com mais capacidade de diálogo. "Quem vencer essa eleição terá muito mais dificuldade para reunificar, diante das batalhas enfrentadas nos últimos dias, por isso acredito que uma terceira via chega justamente para tentar dialogar tanto com um lado, como com o outro, essa capacidade eu tenho, pelo histórico que tenho na Casa, tenho a capacidade de conversar com as duas correntes".

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