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Picciani define rito de eleição para liderança, e Cunha busca derrubá-lo

DÉBORA ÁLVARES E GUSTAVO URIBE BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com um pedido de afastamento do cargo no STF (Supremo Tribunal Federal) e um processo de cassação em tramitação no Conselho de Ética, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tomou nesta

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 19.01.2016, 19:17:21 Editado em 27.04.2020, 19:53:34
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DÉBORA ÁLVARES E GUSTAVO URIBE
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Com um pedido de afastamento do cargo no STF (Supremo Tribunal Federal) e um processo de cassação em tramitação no Conselho de Ética, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tomou nesta terça-feira (19) as rédeas das articulações para a liderança do PMDB.
Conversou com aliados, procurou o vice-presidente da República, Michel Temer, e está empenhado em encontrar formas de derrotar Leonardo Picciani (RJ) na corrida pela reeleição ao cargo.
Após Picciani determinar que a eleição da liderança ocorreria em 17 de fevereiro, por maioria absoluta, na tarde desta terça-feira (19), sem consenso com os demais deputados que não concordam com os dois pontos, Cunha chamou seu núcleo duro para juntar as forças contra o líder peemedebista.
O grupo contrário a Picciani queria que a eleição para a bancada do PMDB ocorresse em 3 de fevereiro. Avaliam que o deputado pelo Rio de Janeiro estaria enfraquecido logo após retornar do recesso e não teria tempo de buscar votos para se reeleger. Aliados do líder argumentam que na primeira semana tradicionalmente não há quorum na Câmara.
O procedimento de votação foi outro ponto de discórdia. Os adversários de Picciani queriam fazer cumprir um acordo feito na eleição dele no início de 2015, quando acertou-se que ele só poderia se reeleger com os votos de dois terços da bancada. Após ser afastado da liderança por descontentes com ele, contudo, o deputado passou a afirmar que essa regra não vale mais.
Com a norma estabelecida por ele esta tarde, para se manter no cargo de líder do PMDB da Câmara, ele precisa de 34 votos, ou seja, metade mais um da bancada.
Já é certo que Picciani terá um adversário, Leonardo Quintão (MG). Apesar de não contar com o apoio da bancada de Minas, o deputado decidiu lançar sua candidatura avulsa e diz contar com o apoio dos descontentes com o atual líder. Contudo, parte desse grupo pode migrar para outros candidatos que surgirem no próximo mês.
Isso porque a ideia inicial do grupo de Cunha é levar a eleição para o segundo turno. Para isso, articulam lançar outros nomes para a disputa. Entre os ventilados estão Hugo Motta (PB), João Arruda (PR) e Mauro Mariani (SC).
Durante a reunião falou-se ainda em entrar com uma representação contra Leonardo Picciani. Segundo Lucio Vieira Lima (BA), ele teria dito em plenário que a eleição seria em 3 de fevereiro, compromisso firmado para conseguir apoio. "Mentir em qualquer circunstância é quebra de decoro", disse o deputado.
Cunha está atuando em várias frentes para derrotar o adversário. No início da tarde desta terça almoçou com Temer, em busca de apoio para o lançamento de um novo nome. Ouviu que não há problemas na iniciativa desde que seja uma alternativa de consenso. O vice, contudo, ressaltou mais uma vez que não se envolverá no processo.
Candidato à reeleição à presidente nacional do PMDB, Temer não quer se indispor com o grupo do partido do Rio de Janeiro, que possui a maior representatividade na convenção nacional da sigla, em março.

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