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Oposição reage à defesa que Dilma fez de seu mandato

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Senadores da oposição criticaram nesta sexta-feira (15) a defesa que a presidente Dilma Rousseff fez do seu governo em entrevista a jornalistas nesta manhã. Para eles, a presidente minimiza a insatisfação da sociedade com os ru

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 15.01.2016, 18:56:31 Editado em 27.04.2020, 19:53:39
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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Senadores da oposição criticaram nesta sexta-feira (15) a defesa que a presidente Dilma Rousseff fez do seu governo em entrevista a jornalistas nesta manhã. Para eles, a presidente minimiza a insatisfação da sociedade com os rumos do país.
O senador Aécio Neves (MG), líder do PSDB na Casa, acusou Dilma de não ter clareza em seus posicionamentos por ter, segundo ele, admitido a existência das chamadas pedaladas fiscais -atrasos nos repasses do Tesouro a bancos públicos- após ter passado meses afirmando que elas não existiam.
Devido às pedaladas, Dilma teve as contas de 2014 reprovadas pelo Tribunal de Contas da União. A rejeição foi um dos motivos que inspiraram o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Após a condenação pelo TCU, a presidente continuou negando e, agora, ela admite que as manobras ocorreram, fazendo uma curiosa alusão ao cinto de segurança, que, além de ser necessário para enfrentar as manobras temerárias que o governo comete, nos faz pensar que é exatamente este o principal problema hoje da presidente da República: ninguém mais confia na sua condução do país", afirmou o tucano em nota.
Ao comentar o pagamento das pedaladas na entrevista, Dilma argumentou que a decisão de quitar os valores em 2015 não significou que o governo reconheceu ter cometido um erro.
"Não reconhecemos o erro porque quando você não usa cinto de segurança, quando o cinto de segurança não era previsto na legislação, os 200 milhões de brasileiros não estavam cometendo nenhum equívoco. Simplesmente a legislação não previa. A mesma coisa aconteceu com o governo", afirmou. "Como o tribunal passou a prever, nós não queremos entrar nesse tipo de disputa, então pagamos", completou.
O tucano afirmou ainda que o governo continua criando uma divisão do "nós e eles, onde a presidente sempre se coloca como uma vítima". Ele afirmou ainda que o governo precisa apresentar um conjunto consistente de reformas estruturais para a sociedade.
Já para o senador Ronaldo Caiado (GO), líder do DEM na Casa, Dilma "demonstra mais uma vez que não sabe o que fala". Para o parlamentar, não há clima no país para a realização de mudanças na Previdência ou para a volta da CPMF.
"A revolta será tamanha que temo o quadro de desobediência civil, com até a invasão do Congresso. E creio que até os petistas irão votar pelo impeachment de Dilma se ela insistir nessa tese. A população está revoltada e não admite mais impostos. O desemprego e a inflação são causados por erros do governo. Não foi a população que errou e gastou o que não tinha das contas públicas", afirmou também por meio de nota.
Caiado disse ainda que a insatisfação da sociedade com Dilma não tem a ver com sua popularidade. "Em qualquer sistema democrático, o presidente não está imune e pode ser punido. Fazer empréstimos ilegais maquiando as contas públicas, infringindo a Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal para ganhar uma eleição é motivo de impeachment. Muita arrogância de Dilma querer transformar uma questão tão séria em mero caso de simpatia", disse.
Na entrevista, Dilma chamou de "golpistas" as tentativas de impeachment do seu mandato e argumentou que não se tira o chefe do Executivo do cargo por "não gostar" ou "não simpatizar" com ele.
Ela destacou que a democracia no país é "ainda jovem" e, por isso, a decisão de encerrar o mandato do presidente tem uma "repercussão política de longo prazo" na estabilidade do país.
"Não se pode no Brasil achar que você tira um presidente porque não está simpatizando com ele. Isso não é nem um pouco democrático", afirmou.

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