Alckmin afirma que também irá cortar investimentos neste ano

VENCESLAU BORLINA FILHO, ENVIADO ESPECIAL
AMERICANA, SP (FOLHAPRESS) - Os investimentos também serão atingidos pelo congelamento de R$ 6,9 bilhões do Orçamento de 2016, afirmou nesta sexta-feira (15) o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
O tucano não disse, porém, quais serão os projetos e as áreas mais atingidas. "Saúde, educação e segurança estão fora [do congelamento]. A gente vai cortar custeio e investimentos", disse.
Conforme revelado pela Folha de S.Paulo nesta sexta, o congelamento equivale a 3,3% do total previsto na peça orçamentária do governo paulista deste ano, de R$ 207,4 bilhões, em razão da crise econômica e da queda de arrecadação.
Do valor contingenciado, R$ 3,9 bilhões são referentes a despesas de custeio e R$ 900 milhões a serviços da dívida (pagamento de juros). O restante não foi informado, mas deve atingir os investimentos do governo.
Segundo Alckmin, as obras já iniciadas e aquelas que têm financiamento terão continuidade. O governador também falou que terão andamento as ações de concessão de rodovias, aeroportos e transportes.
"O congelamento é uma medida de responsabilidade. A gente pretende executar o orçamento, mas é difícil prever como vai se comportar a arrecadação. Por isso estamos contingenciando agora para evitar problemas no fim do ano", disse.
O governador afirmou que a expectativa é de que a economia melhore e, aos poucos, o dinheiro congelado seja liberado. Alckmin evitou criticar a política econômica atual. Apenas citou a situação ruim de Estados e municípios.
A declaração foi dada em Americana, no interior de São Paulo, onde inaugurou uma unidade do Instituto de Criminalística e um IML (Instituto Médico Legal), que eram reivindicações antigas dos prefeitos da região.