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Delator cita propina a líder do PSDB para enterrar CPI da Petrobras

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um dos emissários do doleiro Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, afirmou em sua delação premiada na Operação Lava Jato que tomou conhecimento sobre o pagamento de propina "ao líder do PSDB",

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 07.01.2016, 17:58:31 Editado em 27.04.2020, 19:53:48
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um dos emissários do doleiro Alberto Youssef, Carlos Alexandre de Souza Rocha, conhecido como Ceará, afirmou em sua delação premiada na Operação Lava Jato que tomou conhecimento sobre o pagamento de propina "ao líder do PSDB", que supõe ser o ex-presidente da legenda, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), para prejudicar as investigações da CPI da Petrobras instalada em 2009.
Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa também já haviam feito relatos sobre o pagamento de propina a Guerra em suas delações premiadas na Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na estatal de petróleo.
Em depoimento específico sobre a CPI da Petrobras criada em 2009, Rocha disse que "sabe que foi feito o pagamento de R$ 10 milhões ao líder do PSDB no caso, mas não sabe como isso foi feito".
Segundo o delator, Youssef disse a ele que "para abafar a CPI da Petrobras teria que entregar R$ 10 milhões para o líder do PSDB no Congresso Nacional, além de outros valores para outros políticos". Rocha relatou que o doleiro não citou o nome de Guerra, morto em 2014, como destinatário da propina, mas ele "sabia que Sérgio Guerra era o líder do PSDB no Congresso Nacional, inclusive pelo fato de ele ser senador pelo Estado de Pernambuco, onde o declarante nasceu e tem familiares".
Segundo o delator, parte do dinheiro do suborno deveria sair do "caixa" do PP (Partido Progressista) formado com propina oriunda de contratos de empreiteiras com a Petrobras.
O doleiro e ex-chefe de Rocha já havia citado propina a Guerra em sua delação. Youssef afirmou aos investigadores da Lava Jato que havia participado de negociação sobre obras na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, na qual ficou acertado que, do total da propina relativa à obra, R$ 10 milhões seriam usados para impedir a realização da CPI da Petrobras, e um dos beneficiários desse dinheiro seria Guerra.
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa também apontou Guerra como destinatário de suborno. Em sua delação, o ex-dirigente da estatal de petróleo disse que Guerra pediu a ele o pagamento de propina em uma reunião em um hotel no Rio de Janeiro, e o valor foi pago por meio do ex-executivo da empreiteira Queiroz Galvão Ildefonso Colares.

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