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Com orçamento em crise, Estado do Rio vai repassar dois hospitais à cidade

LUIZA FRANCO RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Com o Estado do Rio em grave crise financeira, a prefeitura da capital vai assumir a gestão de dois hospitais estaduais: o Albert Schweitzer e o Rocha Faria, ambos na zona oeste da cidade. Em dezembro, a á

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 05.01.2016, 20:52:02 Editado em 27.04.2020, 19:53:52
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LUIZA FRANCO
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Com o Estado do Rio em grave crise financeira, a prefeitura da capital vai assumir a gestão de dois hospitais estaduais: o Albert Schweitzer e o Rocha Faria, ambos na zona oeste da cidade.
Em dezembro, a área da saúde do Estado entrou em colapso, o que ocasionou atraso no pagamento de salários e falta de materiais e condições adequadas de atendimento. A dívida chega a R$ 1,4 bilhão.
"A zona oeste é uma região que precisa de saúde cada vez mais forte. Neste momento de dificuldade, a prefeitura exonera o Estado desse compromisso e faz com que possamos focar recursos nas outras unidades", afirmou o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) em anúncio ao lado do também peemedebista Eduardo Paes, prefeito do Rio, nesta terça (5).
"As pessoas atendidas nesses hospitais são munícipes da cidade do Rio de Janeiro. Essa é uma área que consideramos prioritária", disse Paes.
Juntos, os hospitais têm orçamento anual de R$ 500 milhões. O Albert Schweitzer será oficialmente entregue à prefeitura nesta quinta (7) e o Rocha Faria, na próxima segunda (11).
A região onde ficam os hospitais tem 1,8 milhão de pessoas. O Albert Schweitzer faz 400 atendimentos por dia e teve 15 mil internações em 2015. O Rocha Faria faz 600 e teve 13 mil internações no ano passado.
A prefeitura não especificou de onde virão os recursos para assumir o compromisso. O secretário-executivo de Governo, Pedro Paulo Carvalho -apoiado por Paes para ser candidato do PMDB nas eleições deste ano-, vai coordenar a transição. Ele disse que os recursos necessários sairão do caixa e de cortes que serão feitos em programas de áreas que não sejam saúde e educação.
O secretário-executivo afirma acreditar que as verbas dos hospitais poderão ser utilizadas de modo mais eficiente, gerando economia.
A prefeitura já havia feito um empréstimo de R$100 milhões ao Estado para conter a crise nesses dois hospitais. Agora, o empréstimo será reavaliado.
O secretário-executivo afirmou que pretende manter os hospitais sob a gestão das organizações sociais que os atendem atualmente. Servidores do Estado serão realocados em outras unidades.
O nome de Pedro Paulo é visto com ressalvas no PMDB fluminense para a disputa à prefeitura. Ele esteve sob críticas por ter batido ao menos duas vezes na ex-mulher dele e ter ameaçado "sumir" com a filha do casal.
O Estado permanecerá responsável pelas cinco UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) da região.
Em 2010, durante o governo de Sérgio Cabral (PMDB), a prefeitura assumiu o hospital Pedro 2º, também na zona oeste. Em 2005, quatro hospitais que haviam sido municipalizados em 1999 tiveram que ser devolvidos à União após uma crise.
CRISE
A atual crise financeira no Rio também comprometeu outras áreas. O Estado teve que parcelar o pagamento dos salários de novembro e do 13º.
A Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) suspendeu suas aulas por causa da falta de limpeza. Programas usados em 2014 como vitrines eleitorais pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
Bandeiras de campanha de Pezão em outros setores da administração também foram afetadas. Até agora, nenhuma das 40 novas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) prometidas durante a eleição foi inaugurada.
Houve ainda redução no subsídio pago no Bilhete Único do transporte e extinção na tarifa do metrô.
Duas bibliotecas-parques quase fecharam por falta de recursos -desfecho que só foi evitado porque a Prefeitura do Rio decidiu assumir os custos de manutenção.

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