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Rede de cidadãos desenvolve ferramenta contra crimes de agentes públicos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os crimes cometidos pelos agentes públicos, como flagrantes forjados, torturas, prisões arbitrárias e agressões de policias contra cidadãos, presentes nas redes sociais, poderão também, agora, ser denunciados por meio de uma n

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 03.01.2016, 19:19:40 Editado em 27.04.2020, 19:53:54
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Os crimes cometidos pelos agentes públicos, como flagrantes forjados, torturas, prisões arbitrárias e agressões de policias contra cidadãos, presentes nas redes sociais, poderão também, agora, ser denunciados por meio de uma nova ferramenta. Para facilitar a autodefesa do cidadão fluminense contra a violência policial, a rede Meu Rio, em parceria com movimentos sociais e moradores de favelas, vai lançar no fim do mês a ferramenta #SemEsculacho. As informações são da Agência Brasil.
“Será uma ferramenta voltada para o usuário do celular, mas que também estará disponível na web”, disse Guilherme Pimentel, coordenador do projeto. “Será basicamente o que a população já coloca nas redes sociais, mas vamos qualificar essa participação. Queremos servir de ponte para oficializar essa denúncia”, disse o integrante da rede de mobilização. "A ferramenta também vai valorizar o policial, o guarda municipal, enfim, o agente público, que preserva os direitos do cidadão", acrescentou.
Só em 2015, dezenas de denúncias de assassinatos e fraude processual foram feitas contra policiais. Em novembro passado, cinco rapazes foram mortos a tiros por policiais militares. Eles estavam em um carro quando foram metralhados. Os policiais ainda foram acusados de forjar a cena do crime.
Na semana passada, oito policiais militares foram presos suspeitos de torturar com faca e isqueiro, roubar, ameaçar e humilhar quatro jovens entre 13 e 23 anos, em Santa Teresa, bairro da região central da capital fluminense.
Em setembro, o adolescente Eduardo Felipe Santos Victor, 17, seria apenas mais um bandido morto no morro da Providência, centro do Rio, após trocar tiros com policiais, não fosse a câmera de celular de um morador ter flagrado um dos agentes colocando a arma na mão do jovem e dando dois tiros.
“O Sem Esculacho é um grupo de ação que conta com o apoio de um grupo de voluntários para trabalhar essa questão. A ideia é divulgar a ferramenta e, depois, pressionar e reivindicar, tomar medidas para ajudar a resolver esse problema”, explicou Pimentel. Queremos influenciar positivamente na construção de uma segurança publica que valorize a vida. Precisamos sair dessa falsa ideia de que são casos isolados".
Criado em 2011, Meu Rio reúne cerca de 200 mil pessoas, na luta por uma cidade inclusiva e sustentável, por meio da comunicação digital. Futuramente a rede pretende organizar oficinas sobre o uso desse tipo de ferramenta. “Estamos articulando saberes e autores que já trabalham com isso, e estamos em um esforço para organizar esse conhecimento para quem quiser se apropriar dele e melhorar sua atuação cidadã”.
É garantido o anonimato do autor das denúncias e vídeos. Todo o material passará por uma triagem e será encaminhado ao Ministério Público e autoridades competentes. Quem quiser se voluntariar na construção da ferramenta pode se inscrever pelo site http://www.semesculacho.meurio.org.br/.

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