Um fato ocorrido em Londrina (norte do Paraná) ganhou destaque nos meios de comunicação na sexta-feira (23). Um homem de 68 anos, dado como morto pelo Hospital Dr. Anísio Figueiredo, na zona norte da cidade, voltou a respirar enquanto o corpo era preparado para o velório. Conforme a Administração de Cemitérios e Serviços Funerários (Acesf), a morte foi "constatada" pelo hospital, mas após algumas horas a preparadora de cadáver da autarquia notou que ele respirava.
Na Acesf, a família reconheceu o corpo e entregou a documentação necessária para o velório e enterro,além de chegar até a escolher o caixão. Mas depois a servidora que prepara os cadáveres começou a cortar a barba do homem eoi nesse momento que a funcionária percebeu que o abdômen dele estava mexendo.
A servidora notou o movimento por repetidas vezes, e como isso indica possíveis sinais vitais, o Serviço de Atendimento Médico de Urgência [Samu] foi chamado e realizou alguns procedimentos. Após a constatação de que ele estava vivo, o Samu o levou para outro hospital (Santa Casa).
O homem foi levado à Santa Casa de Londrina. Na sexta-feira (23), o hospital informou que o ‘paciente da Acesf' está em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva. Conforme a instituição, o paciente está inconsciente, respirando por aparelhos.
Hipotérmico, ele é mantido aquecido com uma manta térmica e soro fisiológico aquecido, conforme fontes da Santa Casa. A família ficou indignadas com o fato e registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Homicídios contra o hospital da zona norte.
DUAS POSSIBILIDADES
De acordo com a Acesf, para a situação ter acontecido há duas possibilidades. A primeira é o paciente ter histórico de catalepsia, que é um distúrbio do sono - a pessoa entra em sono profundo sem movimentos e com batimentos cardíacos e respiração praticamente imperceptíveis -; e a segunda possibilidade é a ocorrência da Síndrome de Lázaro.
Essa síndrome se manifesta em pacientes que após a realização de diversas tentativas de reanimação o coração para de bater. Horas depois, por um motivo ainda desconhecido, o coração volta a bater. A Acesf acredita que tenha ocorrido essa síndrome. E se foi isso que aconteceu, será uma situação extremamente rara, pois apenas 35 casos dessa natureza foram constatados no mundo.
Com informações do G1
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