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Suspeitos de ataques podem ter deixado a Espanha, dizem autoridades

DIOGO BERCITO BARCELONA, ESPANHA (FOLHAPRESS) - Três dias depois dos atentados que deixaram 14 mortos na Espanha, a polícia ainda buscava três suspeitos durante este domingo (20), incluindo o motorista que atropelou dezenas de pessoas na zona turística de

Da Redação

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Escrito por Da Redação
Publicado em 20.08.2017, 12:20:08 Editado em 20.08.2017, 12:20:09
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DIOGO BERCITO

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BARCELONA, ESPANHA (FOLHAPRESS) - Três dias depois dos atentados que deixaram 14 mortos na Espanha, a polícia ainda buscava três suspeitos durante este domingo (20), incluindo o motorista que atropelou dezenas de pessoas na zona turística de Barcelona.

As autoridades catalãs -responsáveis pela região nordeste do país- disseram a jornalistas ser possível que os três terroristas tenham cruzado as fronteiras Europa adentro, apesar dos reforços em estradas e aeroportos.

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A essa informação se soma a revelação, feita também no domingo, de que ao menos um dos suspeitos esteve recentemente na Suíça, um país próximo que não faz parte da União Europeia.

O jornal local "El País" diz que tanto Yousseff Aallaa, 19, quanto Mohamed Hicham, 24, viajaram a Zurich no ano passado. A polícia suíça está a par e conclui suas próprias investigações, em coordenação com Madri e Barcelona.

Segundo as autoridades espanholas, Aallaa e Hicham faziam parte de uma célula terrorista de 12 membros que planejou durante meses ataques de grande magnitude.

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Eles foram radicalizados pelo líder religioso Abdelbaki Es Satty, 45, na cidade de Ripoll. Guiados por ele, ao que apontam as investigações, os 12 invadiram uma casa abandonada em Alcanar -a poucos minutos da praia- e montaram um arsenal de bombas, com dezenas de cilindros de gás butano e TATP, material volátil conhecido como "mãe de Satã".

O plano foi frustrado por uma explosão acidental, em que possivelmente três deles morreram. Assustado, o grupo antecipou seu ataque.

Eles atropelaram pedestres em Barcelona e Cambrils, onde planejavam também um massacre a facadas. No total, 14 pessoas foram mortas e 132 ficaram feridas, das quais 53 seguem hospitalizadas. Não há informações sobre brasileiros afetados.

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Cinco dos militantes foram mortos pela polícia em Cambrils e quatro já estão detidos. Não se sabe a identidade exata dos três suspeitos em fuga, mas pode se tratar do imã Satty e de Younes Aboyaaqoub, 22, o possível motorista de Barcelona.

RETORNO À EUROPA

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O fato de que a célula era composta por migrantes marroquinos redirecionou o foco das autoridades para o fluxo de militantes por meio das fronteiras. Segundo o jornal britânico "Guardian", até mil terroristas voltaram ao Marrocos e à Tunísia depois de lutar no território da facção radical Estado Islâmico, na Síria e no Iraque.

O temor -presente há anos, mas agora intensificado- é de que esses regressos planejem e executem atentados contra seus países de origem ou tentem cruzar à Espanha, de onde podem ir ao restante do continente.

A Espanha em si não é um dos alvos preferenciais dos militantes, o que ajuda a explicar os 13 anos durante os quais o país esteve a salvo desses ataques. Em 2004 um grande atentado deixara 192 mortos e centenas de feridos.

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O governo espanhol é também conhecido pela eficiência e coordenação de seus serviços de segurança, o que desestimula as atividades terroristas em seu solo.

A facção Estado Islâmico reivindicou os ataques, justificados como atentados contra "cruzados e judeus".

MISSA

Em uma demonstração de solidariedade, centenas de pessoas participaram neste domingo de uma missa na basílica Sagrada Família, em Barcelona, em homenagem às vítimas dos atentados.

O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, participou da cerimônia ao lado do rei Felipe. A missa foi celebrada pelo arcebispo de Barcelona, Joan Josep Omella.

"Nossa presença neste lugar sagrado é sinal de repulsa ao ataque", disse Omella.

Dezenas de pessoas se manifestaram também em Madri em solidariedade. O evento havia sido convocado por comunidades muçulmanas, em uma forte mensagem: não há relação direta entre a religião e o atentado.

Cartazes incluíam recados como "Não no meu nome" e "O islã não tem culpa".

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