SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O governo da Catalunha, região onde fica a cidade de Barcelona, na Espanha, diz que ao menos um terrorista segue foragido após o ataque que matou 13 pessoas e feriu 100 na tarde desta quinta-feira (17).
Mais cedo, a polícia local prendeu o terceiro suspeito de ter ligação com o atentado, que não teve o nome divulgado. O primeiro suspeito, detido ainda na quinta (17), foi o marroquino Driss Oubakir, 28, que morava legalmente em Ripoll (a 105 km de Barcelona) e teria alugado a van usada pelo terrorista nos arredores de Barcelona.
O segundo detido é um espanhol do enclave de Melilla, no norte da África, cujo nome não foi divulgado. O homem, segundo a polícia, seria o responsável por uma explosão vinculada ao ataque em um prédio de Alcalar, a 202 km de Barcelona -na ação, ocorrida de madrugada, uma pessoa morreu e sete ficaram feridas.
Não se sabe ainda quem dirigia a van que avançou sobre pedestre em Las Ramblas.
SEGUNDO ATAQUE
A polícia da Catalunha abortou na madrugada desta sexta-feira (18, noite de quinta no Brasil) um ataque na orla de Cambrils, a 117 km de Barcelona, que deixou sete feridos. Os cinco autores foram mortos pelos agentes.
Não se sabe até o momento se os dois ataques estão relacionados. O jornal "El País", da Espanha, diz que os autores dos dois ataques fazem parte de uma célula terrorista composta por 12 pessoas.
VEÍCULOS COMO ARMAS
Confirmado como ataque terrorista, o episódio em Barcelona entra em uma já extensa lista de atentados na Europa em que os autores usaram veículos como armas. Em 2016, os mais mortíferos ocorreram com caminhões em Nice (14 de julho, com 86 mortos e 434 feridos) e Berlim (19 de dezembro, com 12 mortos e 56 feridos).
Neste ano, Londres foi alvo de três ações semelhantes, mas com automóveis. Em 19 de junho, uma pessoa morreu e dez ficaram feridas quando um extremista de direita avançou com uma van contra pedestres perto da saída de uma mesquita.
No mesmo mês, no dia 3, terroristas usaram uma van para atropelar pedestres na ponte de Londres e atacaram pessoas a facadas num mercado próximo. O ataque foi reivindicado pela organização terrorista Estado Islâmico.
Em 23 de março, um motorista matou duas pessoas e feriu outras 40 em um atropelamento na ponte de Westminster. Depois, saiu do carro e esfaqueou um policial num dos portões do Parlamento britânico -o agente também morreu. A ação também foi reivindicada pelo EI.
A capital da Suécia, Estocolmo, também foi alvo de um ataque com veículo em 2017. Em 7 de abril, um motorista avançou com um caminhão sobre pedestres e deixou cinco mortos.
Na edição de novembro de 2016 da revista "Rumiyah", publicada pelo EI, um texto sugeria a utilização de veículos como arma contra os "infiéis", por ser uma forma simples e barata de praticar um ataque.
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